“A História me absolverá!” A frase, pronunciada quando ele tinha 26 anos e foi preso por um ataque fracassado contra o governo, marcou para sempre Fidel Castro, o líder comunista que morreu nesse sábado, aos 90 anos, depois de deixar uma multidão de admiradores e outra tanta dos que o odeiam.
Se depender da esquerda brasileira, da qual ele sempre foi ídolo, Fidel está absolvido.
Artistas como Chico Buarque, que no seu país jamais levantaram uma pá de cal para ajudar quem quer que fosse, viajavam a Havana, às suas próprias custas, para ajudar na colheita da cana, convidados por Fidel. Faziam meia dúzia de fotos e depois se encantavam em jantar nababescos, regados a discursos e homenagens do grande chefe ideológico e com os charutos mais famosos do mundo.
Na revolução que começou na noite de ano novo de 1959, Fidel deu início a um período de violência e sangue, fuzilando mais de 30 mil adversários do novo regime; suspeitos de serem adversários ou qualquer um que pudesse, um dia ou outro, se tornar adversário. Transformou sua ilha, quase aos pés dos Estados Unidos, num país fechado, com governo uno e sem eleição, sem liberdades, sem direito do povo à escolhas. Com mão de ferro governou durante 48 anos, quando passou o poder ao seu irmão, Raul Castro, que anunciou sua morte neste sábado.
Fidel foi um líder corajoso, ousado, enfrentou o país mais poderoso do mundo; ameaçou os americanos com as armas nucleares vindas da União Soviética e, quando o comunismo russo naufragou, mesmo assim se manteve no poder, mandando em sua ilha, como uma propriedade de único dono. Conseguiu muitos avanços, sim. Cuba é referência em saúde e educação.
Mas isolou de tal forma seu povo, que em muitas coisas o país ainda vive nos anos 50 e 60. Prendeu dissidentes, foi um ditador cruel e um grande amigo ideológico de vários líderes e artistas mundo afora. Fidel será imortal por sua História, mas certamente não pelo sangue que derramou, com sua mão de ferro. Como ficará Cuba, agora, sem seu pai?
MP PREMIA JORNALISTAS
O jovem jornalista de Porto Velho, Vinicius Canova Pires, foi um dos vencedores do sexto prêmio Ministério Público de Jornalismo. Ele venceu na categoria On Line, com a série de reportagens “A Improbidade Administrativa e seus danos sociais”. Vinicius trabalha no site Rondoniadinâmica. O diretor Rostand Agra comemorou o resultado, destacando o esforço da sua equipe em fazer um jornalismo de qualidade. O prêmio principal da competição ficou com o interior. Jairo Ardul, do jornal Correio Popular, de Ji-Paraná, ganhou 190 mil reais, com a reportagem “Ministério Público garante água e luz para moradores do Jardim Nova Flórida. O prêmio MP RO de jornalismo está se tornando um dos principais do Estado, pela seriedade e pelo respeito ao trabalho dos profissionais da mídia. O prêmio de reportagens de televisão ficou com uma equipe de Ariquemes, que abordou a violência crescente na região.
OBRAS TARDIAS
É uma pena que tenha chegado com atraso. Mas se o prefeito Mauro Nazif tivesse apressado e o passo e entregue muitas obras planejadas, provavelmente teria tido mais chances de chegar a uma reeleição. Uma prova disso, foi o que aconteceu essa semana, na região da Gleba Rio das Garças. Ali, depois de mais um século, as famílias que vivem na região ganharam uma ponte de concreto, construída pela Prefeitura. Tivesse pronta há almas semanas atrás, Mauro teria sido aplaudido de pé, também nas urnas, pelos moradores da região, que somam mais de 600 famílias. Na solenidade, Nazif informou que estão prontos projetos para mais oito pontes nas zonas rurais. Não fez o que projetou. Perdeu a eleição.
DOIS VIETNAM POR ANO
Mal começou o final de semana e só na região de Porto Velho já foram registradas três mortes no trânsito, além de vários feridos, incluindo uma criança de três anos, que perdeu os país numa capotagem na BR 319. Na sexta à noite, blitz da PM flagrou bêbados dirigindo e evitou que muitos outros acidentes ocorressem. O trânsito une-se à violência dos criminosos e abate, como gado, grande número de pessoas todos os dias, em todo o Estado e em todo o país. São mais ou menos 100 mil mortos por ano, metade no trânsito, metade assassinados. Uma guerra civil que a cada dois anos, mata mais do que todos os que perderam a vida na guerra da Síria, onde atua o Estado Islâmico e onde os bombardeios da população civil são diários. Perdemos, para a violência do trânsito e do crime, nesse país, a cada ano, o dobro de mortos americanos em toda a década da Guerra do Vietnam. Uma vergonha!
TEM JEITO OU NÃO TEM?
A Polícia Militar deu uma geral em seus quartéis, mantém apenas o efetivo emergencial necessário e o restante de toda a tropa foi para as ruas, policiar as cidades rondonienses, nessa época de muito mais perigos para as pessoas de bem., Os bandidos, que já atacam em qualquer lugar e a qualquer hora, estão atentos para roubar quem sai às compras. E a PM quer evitar isso. Mas, sejamos francos, ante as leis que temos, pode fazer muito pouco. Querem uma informação oficial? Nesse ano, a Polícia Militar prendeu quatro mil pessoas. Muitas delas criminosos confessos. Outras tantas reincidentes. Mais outras reincidentes três, quatro vezes. Quantos foram para a cadeia, no final das contas? Apenas cerca de mil. Os outros estão aí, soltos, para continuar praticando os mesmos crimes. Tem jeito? Claro que não tem..
ANÚNCIO NA QUINTA
Se cumprir o que anunciou pouco depois de eleito, o prefeito Hildon Chaves apresenta sua equipe de secretários e principais assessores na próxima quinta, dia 1º de dezembro. Vários nomes já foram anunciados na mídia, mas até agora, ao menos oficialmente, nenhum deles foi confirmado. O que se sabe é que Hildon vai ter um time enxuto e que não tenha rolos com a Justiça, conforme afiançou que varia durante toda a sua campanha. Alguns cargos importantes poderão apresentar surpresas, com nomes que não estão na mídia e que, em alguns casos, são quase desconhecidos. Não importa, na verdade, quem vai compor o time do novo Prefeito. O que a população quer é que a equipe comece dando duro no primeiro dia; que não faça maracutaias e que ajude o chefe a realizar o que prometeu nos palanques e na mídia. Se fizer isso, já estará consagrada, não importa quem a componha.
PERGUNTINHA
Com a saída de Gedel Vieira, o defensor dos prédios irregulares, terá terminada mais uma crise no governo de Michel Temer ou é apenas o estopim de novas confusões?
Fonte:Sérgio Pires