A pouco mais de 2,7mil km de distância do restante da família, primos e a avó de Danilo, jogador da Chapecoense, se preparam para embarcar para Cianorte, PR. Morando em Porto Velho, dois primos e a avó do goleiro dizem não conseguir acreditar na tragédia, e se preparam para prestar as últimas homenagens ao atleta.
Renan Padilha, primo do jogador, lembra que na infância sempre jogavam bola juntos e exalta a simplicidade do primo, que mesmo depois de uma atuação memorável pelo Chape, recusava o título de herói.
– Nossa, o Danilo era um cara muito família, nunca foi do tipo de gastar dinheiro e se achar, sempre com os pés no chão. O sonho dele sempre foi jogar bola, realmente não acredito que isso aconteceu – comenta emocionado.
Renan relembra o último contato que teve com o primo, ainda na noite da segunda-feira, 28, e foi surpreendido na madrugada, poucas horas depois, ao receber a noticia da queda do avião.
– Ainda não caiu a ficha de que o Danilo morreu pois ainda ontem nós falamos com ele. Ele estava todo feliz. Tentei entrar em contato com a esposa dele, a Letícia, mas a ligação não está completando. Ele tinha um filhinho, o Lorenzo de três aninhos, esperamos encontrá-los logo – fala Renan.
Renan comenta que Danilo na última quinta-feira, 24, após o jogos mandou um áudio para agradecer a torcida em um grupo de amigos de Rondônia e que estava muito feliz pela vaga na Sul-Americana.
– Sobre a Sul-Americana, nos falamos na quinta-feira pós-jogo e ele mandou um áudio para mim agradecendo pela torcida de um grupo de amigos. Para o Danilo tudo era novidade, lembro quando ele foi violão da rodada e veio todo animado me falando ele realmente era muito admirado pela humildade e simplicidade, realmente foi algo trágico que marcou não só a minha família, mas todo o Brasil – desabafa Renan.
Fonte:Globo Esporte