Em 2015, Rondônia tinha participação de 0,27% na pesquisa que mede o índice de cadastramento feito pelo Programa de Artesanato Brasileiro (PAB), que soma números de artesãos e trabalhadores manuais cadastrados. No primeiro semestre de 2016 o número de cadastro aumentou 108% em Rondônia.
Só em 2016, a Coordenadoria de Artesanato de Rondônia da Superintendência Estadual da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel), cadastrou cerca de mil pessoas, e emitiu mais de 800 carteiras. Segundo a coordenadora de Artesanato, Wéllida Sodré, o estado tem público para aumentar esse índice.
A carteira é totalmente gratuita, sem anuidades nem taxa de adesão. É emitida logo após o registro do artesão no Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro (Sicab), que tem como propósito fornecer informações necessárias à implantação de políticas públicas para o setor artesanal, elevando o nível cultural, profissional, social e econômico da atividade. Também é responsável por promover a figura do artesanato como empreendedorismo.
No próximo sábado (17), o titular da Sejucel, Rodnei Paes, vai entregar cerca de 30 carteiras para os artesãos de Vilhena. Para o ano de 2017, a Coordenadoria de Cultura busca implantar dez feiras dentro do calendário do estado, onde só poderá participar artesãos cadastrados no PAB, regulamentação que já está em vigor desde abril de 2016.
A carteira tem validade de quatro anos, e por algumas instituições financeiras pode ser considerada como fonte de emprego e renda. Para fazer o cadastro deve-se entrar em contato pelo telefone (69) 3216 5131 e agendar horário de segunda-feira a sexta-feira, das 9h às 12h. No dia agendado, levar foto 3×4, documentos pessoais RG, CPF, comprovante de endereço e uma peça artesanal. Caso trabalhe com mais de um tipo, levar uma de cada
Além das feiras regionais em Rondônia, os artesãos poderão participar das feiras estaduais realizadas em Minas Gerais, Brasília, Recife e São Paulo. Na feira em São Paulo, a artesã de Rondônia, Mirtes Rufino, foi a que mais vendeu, mas conta com dificuldades para produzir seu trabalho.
ARTESÃOS
Mirtes Rufino vive a 28 anos em Porto Velho e considera seu trabalho filho de Rondônia, pois foi aqui que ele começou. Mora na chácara Recanto dos Pássaros, próximo da Universidade Federal de Rondônia (Unir), na BR-364. Mirtes começou o trabalho em 1988. Pegou um tronco no rio Madeira, descascou e fez em formato de jacaré. Segundo ela, naquele tempo havia muita madeira na Cachoeira de Santo Antônio.
Sem madeira, Mirtes desenvolve outras técnicas para expor seus trabalhos. Para a feira de São Paulo ela desmontou um bar que tinha na sua sala, e fez 18 peças pequenas. A cada dia se reinventa e tenta levar para as feiras seu trabalho e o nome de Rondônia
Fonte: Assessoria
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