O vice-presidente do Grêmio, Odorico Roman, afirmou nesta segunda-feira que a negociação de Walace para o futebol alemão tomou um rumo que fugiu do controle do clube. Até por isso, de acordo com o dirigente, a equipe gaúcha não conseguiu o valor que realmente desejava pelo atleta.
O volante de 21 anos foi negociado por cerca de 10 milhões de euros (R$ 33,5 milhões) com o Hamburgo. O time tricolor é dono de 60% de seus direitos econômicos. O atleta faria exames médicos nesta segunda em seu novo clube.
“Não vou entrar em detalhes de valores. Grêmio tinha 60% dos direitos do atleta, e às vezes as negociações tomam um rumo que não é exatamente um que a gente consiga administrar da melhor forma. Walace foi vendido por um valor significativo, e pelas avaliações que tínhamos poderíamos ter conseguido mais, se tivéssemos mais tempo para conversar. Mas, como eu disse, às vezes a negociação toma um rumo que foge do controle do clube”, declarou Odorico.
O dirigente disse que o clube está avaliando o mercado para buscar reforços para a posição, embora confie nos jogadores revelados pelas categorias de base. O time também busca zagueiros para o elenco comandado por Renato Gaúcho.
“Walace surgiu em 2015 e ninguém o conhecia. Hoje está sendo vendido para a Europa por um valor que está acima do negociado por um volante. Confiamos bastante no Jailson, no Michel, temos outros volantes do grupo que vieram da base. A nossa avaliação vai ser feita. Se tiver um jogador bom, não caro ou conhecido, vamos avaliar”, afirmou.
Odorico ainda descartou qualquer chance do Grêmio contratar Jadson. De acordo com ele, os valores ficaram acima das possibilidades financeiras do clube.
“Jadson foi oferecido ao Grêmio, mas os valores propostos ficam muito acima do que a gente imagina que deva investir num meia para grupo. Nos valores propostos, não existe nenhuma possibilidade de o Jadson vir. Vamos ser bem realistas.”
“Se não houver essa entrada, o orçamento fica descoberto. Dizer que não vai sair mais ninguém é agredir o orçamento do clube, é agredir os números que estão postos. Nós temos que fazer 60 milhões para manter o equilíbrio do orçamento de 2017”, disse Odorico.