“A República Islâmica do Irã, para defender os direitos de seus cidadãos e até que se solucionem todas as limitações insultantes dos Estados Unidos contra os iranianos, aplicará o princípio de reciprocidade”, informou o Ministério das Relações Exteriores em comunicado.
Trump assinou uma ordem para proibir temporariamente a entrada nos EUA de cidadãos de sete países de maioria muçulmana (Líbia, Sudão, Somália, Síria, Iraque, Irã e Iêmen) para impedir a posível chegada de supostos terroristas dessas nações.
O governo iraniano classificou a decisão de Trump como “insulto flagrante aos muçulmanos do mundo” e considerou que isso fomenta “a propagação da violência e do extremismo”. “Apesar da falsa reivindicação de lutar contra o terrorismo e garantir a segurança do povo americano, este movimento será registrado na história como um grande presente para os extremistas e seus apoiadores”, ressalta o texto.
O presidente iraniano, Hassan Rohani, já havia criticado anteriormente as últimas decisões de Trump, mas não se referiu diretamente a esta medida nem citou o líder americano. Rohani mencionou que esta é uma época de “reconciliação e coexistência, e não de erguer muros entre países”, em referência ao polêmico muro que Trump insiste em construir na fronteira entre EUA e México.
A expectativa era que as relações entre Teerã e Washington piorassem com a eleição de Trump, que se mostrou contrário ao acordo nuclear assinado entre o Irã e seis países (China, EUA, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha) em julho de 2015.
Folha Nobre - Desde 2013 - ©