Fato de repercussão nacional envolve prefeito de Ariquemes, Thiago Flores, e livros enviados pelo Ministério da Educação que tratam sobre a ideologia de gênero
Em decisão publicada na quinta-feira (02), o Ministério Público Estadual, por meio da promotora de Justiça Priscila Matzenbacher Tibes Machado, instaurou um procedimento administrativo para acompanhar ‘’pesquisa’’ via internet, instituída pelo prefeito de Ariquemes para saber se os munícipes são favoráveis ou não à utilização de materiais educacionais enviados pelo MEC (IDEOLOGIA DE GÊNERO).
Polêmica
No dia 23 de janeiro, a Prefeitura de Ariquemes proibiu que as escolas entreguem livros sobre as questões de gênero aos alunos do ensino fundamental.
Conforme o poder Executivo, todas as páginas de livros didáticos que falem ou mostrem diversidade sexual, casamento homossexual ou uso de preservativos serão “suprimidas”.
A proibição foi feita após uma reunião entre o prefeito Thiago Flores e 12 vereadores. Ainda segundo o Executivo, uma comissão ficará responsável para fiscalizar o procedimento.
No início do mês de janeiro, oito dos 13 vereadores protocolaram um ofício para solicitar a suspensão e o recolhimento dos livros didáticos disponibilizados pelo Ministério da Educação (MEC) que serão distribuídos neste ano, a fim de evitar a discussão sobre ideologia de gênero nas escolas do município.
Em agosto de 2016, os livros com o conteúdo foram entregues às escolas, mas foram retirados dos alunos pelo município.
De acordo com um dos vereadores responsáveis pelo ofício, Amalec da Costa (PSDB), existe uma lei municipal em vigência a qual não permite a exposição de conteúdos com ideologia de gêneros aos alunos do ensino fundamental. “Todos estes livros enviados pelo MEC vêm com conteúdo de formação de família por homossexuais, orientação sexual, uso de preservativo. Entretanto acreditamos que estes assuntos devem ser abordados pelos pais e não nas salas de aulas, principalmente, por lidar com crianças”, analisou ele.
Para o vereador, o estado não tem competência para interferir na autoridade dos pais sobre tais assuntos. “Acredito que cerca de 90% da população do município seja defensora da família tradicional, sendo assim, o pai e a mãe que devem levar essa primeira informação aos seus filhos. Quem vai escolher sobre a sua opção sexual, que tenha discernimento com a idade apropriada e iremos respeitar a escolha, mas a criança não pode ser forçada a ter conhecimento sobre esses caminhos que poderão influenciar futuramente”, finalizou Amalec.
Segundo o prefeito Thiago Flores, os livros são entregues pelo MEC a cada três anos e, após as páginas com ideologia de gênero serem suprimidas, o material será distribuído aos alunos em março.
Fonte:Rondoniavip