O número de moradores de rua aumentou nos últimos anos em Ariquemes (RO), na região do Vale do Jamari. Segundo um levantamento do Conselho Municipal de Políticas Públicas Sobre Drogas, foram identificados 12 pontos de aglomeração, com cerca de 60 pessoas vivendo nas ruas do município.
Os moradores de rua se instalam nos espaços públicos da cidade. Alguns chegam a fazer uma espécie de moradia improvisada e montam acampamentos com lonas nos canteiros centrais e nas praças do município.
A coordenadora do Plano Municipal de Políticas Sobre Drogas, Marli Fogaça, explica que a maioria das pessoas que estão nas ruas são oriundas de municípios vizinhos e acabam enfrentando problemas com entorpecentes. “Muitas pessoas que estão nas ruas são pessoas desempregadas que vieram de outros municípios e que acabam utilizando drogas e se tornando dependentes”, disse.
Conforme o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de Ariquemes, um trabalho de acolhimento é realizado aos moradores por entidades públicas e ações voluntárias, mas muitos acabam voltando para as ruas.
“Existem vários órgãos que fazem o trabalho de sensibilização, buscando levar essas pessoas, aquelas que desejam sair da situação de rua e ir para tratamento, mas a pessoa tem o livre arbítrio e depende dela aceitar”, explica a coordenadora do Cras, Elizete Peruffo.
Envolvimento em crimes
Dentre os moradores de rua que possuem problemas com álcool ou substâncias entorpecentes, alguns acabam cometendo crimes para manterem o vício, segundo a polícia. Entretanto, o delegado regional da Polícia Civil, Rodrigo Duarte, explica que não há uma estatística que aponte o envolvimento de moradores de rua em crimes praticados no município.
A Polícia Civil planeja executar um trabalho de identificação desses dependentes químicos, segundo Rodrigo. “Pensamos em iniciar um trabalho voltado à identificação criminal dessas pessoas, pois a maioria dos moradores de rua está ligada ao uso de substância entorpecente e são suspeitos das práticas de alguns crimes como, por exemplo, furtos e roubos”, comenta.
Do G1