Em nova assembleia realizada nesta quarta-feira (8), os professores da rede municipal de Nova Iguaçu, Baixada Fluminense, votaram pela continuidade da greve. A categoria paralisou as atividades no último dia 2, quando o ano letivo no município começaria. De acordo com os professores, até o momento, os salários de novembro, dezembro e décimo terceiro não foram pagos.
Em nota, a prefeitura de Nova Iguaçu tranquilizou pais e alunos sobre possíveis prejuízos aos estudantes da rede municipal.
“Nenhum aluno terá prejuízo acadêmico por conta de aulas que não tenham sido dadas por motivo de greve. Apesar da greve ter atingido muito poucas escolas, o compromisso da gestão é com cada aluno e se um único aluno ficou sem aula ele terá direito à reposição”.
A previsão é que o prefeito Rogério Lisboa (PR) e os professores voltem a se reunir ainda esta semana para negociar os pagamentos atrasados. No último dia 6, ele esteve em um encontro com mais de mil docentes para informar sobre a atual situação financeira do município. Nova Iguaçu, foi uma das 19 cidades do Rio, que decretou estado de calamidade financeira no início do ano, quando houve a troca da gestão municipal.
Segundo o Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação) de Nova iguaçu, uma nova assembleia deve acontecer na próxima segunda-feira (13) para decidir o futuro da greve na cidade.
Redes municipais em greve no Estado
No dia 1º, professores municipais de Teresópolis, na região serrana, e de São Gonçalo, região metropolitana, deflagraram greve. Assim como em Nova Iguaçu, os professores das duas cidades estão com salários atrasados desde o final de 2016. Em Teresópolis, de acordo com o Sepe, os salários de dezembro, janeiro, o 14°, as horas-extras de dezembro de 2015 e os reajustes salariais previsto em lei, não foram pagos. Os professores cobram também, retorno da administração municipal sobre demandas pedagógicas. Já em São Gonçalo, a greve é um protesto contra o atraso dos salários e o parcelamento do pagamento de dezembro.
Outras duas cidades do estado do Rio já sinalizaram greve para a próxima semana. A partir do dia 13, os professores de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, devem paralisar as atividades escolares. Segundo o Sepe, a falta de pagamento dos salários de novembro, dezembro, 13º salário e calendário de pagamento diferenciado para aposentados, foram os motivos que levaram a categoria a deflagrar a greve no município.
Itaboraí, região metropolitana, também deve aderir a greve a partir do próximo dia 15. O movimento é um protesto contra o parcelamento do salário de dezembro, anunciado em duas vezes (15 de fevereiro e 15 de março). Além dos pagamentos atrasados, estão entre as cobranças a realização de novos concursos, aplicação de reajustes e melhoria na infraestrutura das escolas.
Fonte: R7