Um cachorro ficou de “vigília” durante mais de 32 horas na frente da emergência do Hospital Humanitária, em Limeira, a 134 km da capital paulista. Marronzinho, o cão, esperava a recuperação do morador de rua identificado como Alex, que teve problemas no sistema respiratório.
Os paramédicos contaram que o cachorro se desesperou ao ver o dono sendo resgatado pela equipe. Os profissionais deixaram, então, o animal subir na ambulância e acompanhar o dono, segundo relato feito por Jairo Xavier de Oliveira, de um dos médicos do hospital, em seu Facebook.
Desde então, Marronzinho permanecia na frente do Humanitária, recebendo “água, comida e carinho” durante a sua vigília, segundo funcionários da unidade. Durante a tarde, no entanto, veterinários ligados à Alpa (Associação Limeirense de Proteção aos Animais) estiveram no local para fazer uma avaliação sobre a saúde do animal e constataram que ele tinha muitas pulgas e carrapatos. Resolveram levar Marronzinho para um abrigo para oferecer tratamento e vacinas a ele, onde ficará até que Alex tenha alta.
Oliveira conta que o cachorro “tentou a todo momento entrar onde estava seu dono” quando Alex ainda era atendido na emergência da unidade e só parou quando percebeu que o morador de rua não estava mais no setor.
Alex foi transferido para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) onde permanece sob cuidados médicos. Segundo funcionários do hospital, ele enfrenta “problemas no pulmão”. Eles não quiseram dar maiores detalhes sobre o estado de saúde do morador de rua.
Os funcionários do Humanitária espalharam cartazes pedindo para que funcionários, pacientes e acompanhantes não maltratassem o animal, pois “ele pertence a um paciente”.
A história de Marrozinho foi divulgada pela Alpa (Associação Limeirense de Proteção aos Animais) que compartilhou um vídeo na sua página no Facebook sobre a “saga” do cachorro para acompanhar o seu dono e parabenizando a equipe do hospital pelos cuidados a ambos. “Estamos torcendo para o breve reencontro do cãozinho com seu tutor”, afirmou na postagem.
Fonte:Uol