O novo Ranking do Saneamento básico das 100 maiores cidades brasileiras, produzido pelo Instituto Trata Brasil em 2017, com dados de 2015, mostra que Porto Velho tem o pior índice de abastecimento de água (apenas 33, 96% da população atendida) e tratamento de esgoto (0% – zero esgoto tratado) entre 27 capitais do Brasil.
A capital de Rondônia é a segunda pior capital em perdas na distribuição de água, alcançando o índice de 67% de perda da água que produz, à frente apenas de Macapá AP (69%), e também é a segunda pior em relação à perdas no faturamento total, com 67 % de perda, ficando à frente somente de Manaus, que perde 73% do que arrecada.
Ainda segundo o estudo do Trata Brasil, considerando as capitais, Porto Velho está entre as últimas (cinco) cidades com relação à média de investimentos no saneamento nos últimos cinco anos, com R$ 24,26 milhões investidos, ficando à frente apenas de Rio Branco – AC (R$ 17,55 milhões), Teresina – PI (R$ 15,33 milhões), Maceió – AL (R$ 16,90 milhões) e Macapá (R$ 10,87 milhões).
Com 48 anos de atuação, a Companhia de Água e Esgotos de Rondônia CAERD está longe de resolver a questão do abastecimento de água e da falta de saneamento básico na capital e no Estado e aguarda o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do Governo Federal para iniciar o estudo do modelo de privatização da empresa, com recursos financeiros do BNDES.
Definida a modelagem, o BNDES deve continuar apoiando o processo, desde a prospecção de investidores até a realização do leilão de concessão à iniciativa privada.
A defasagem de atendimento no setor de saneamento básico em Rondônia exige investimentos vultosos para que as metas sejam alcançadas.
O estudo, deve definir também a situação dos funcionários da empresa e como o processo de transição será realizado.