lícia Federal (PF) revelou nesta terça-feira (28) que um avião de pequeno porte foi apreendido durante a Operação Retomada, deflagrada nesta terça-feira (28), em Rondônia, Mato Grosso do Sul, Paraná, Maranhão e Pará. Conforme invetigações, a aeronave era usada por uma associação criminosa para levar drogas de Rondônia aos 4 estados e também fazer lavagem de capitais.
Ao todo, a polícia estima que a quadrilha tenha movimentado R$ 5 milhões de forma ilegal com o tráfico e lavagem de dinheiro.
Em entrevista coletiva em Porto Velho, o delegado Leonardo Marino explicou que um dos líderes do grupo chegou a construir uma pista de pouso em uma fazenda, da qual a quadrilha era proprietária.
“Recentemente, o principal líder da organização adquiriu uma fazenda com o dinheiro ilícito do tráfico de drogas na divisa do Pará com o Maranhão, onde ele construiu uma pista de pouso e também adquiriu um avião. Com isso, passou a não depender de outros grupos e ele mesmo fazia o transporte do estado de Rondônia até essa fazenda onde ele ocultava a droga em toneis enterrados ao longo da fazenda”, explica.
Ainda conforme a PF, a abordagem da aeronave foi feita no momento em que ela aterrissava na fazenda, no Pará.
“Acreditava-se que ela estaria carregada com entorpecente, mas o avião apresentou problemas mecânicos e teve que retornar à fazenda com o dinheiro que seria entregue aos fornecedores”, revela Marino.
Dentro do avião, os agentes da PF apreenderam cerca de R$ 900 mil que estavam dentro de uma mala no avião, além de quatro fuzis, munições, duas pistolas e outros objetos ilícitos. “Tanto essa fazenda quanto o avião e carros foram adquiridos pelos principais líderes e demais envolvidos na organização criminosa”, conta.
Conforme a PF, na Operação Retomada foram executados 13 mandados de busca prisão preventiva, mas apenas nove foram presos até a tarde desta terça.
Também foram feitas 9 conduções coercitivas e o cumprimento de 17 mandados de busca e apreensão nos estados de Rondônia, Maranhão, Pará, Mato Grosso do Sul e Paraná.
“Em Porto Velho foram cinco equipes responsáveis pelo cumprimento de cinco mandado de busca e condução coexistida. Os investigados que aqui residia, ou se encontravam presos, eram responsáveis pela parte da lavagem de capitais”, aponta o delegado da PF.
Nome da operação
O nome da operação, Retomada, foi dado porque o grupo criminoso já vinha sendo investigado pela Polícia Civil de Porto Velho, em 2016, na denominada Operação Conceição.
Conforme a PF, alguns integrantes do grupo haviam ficado em liberdade, não haviam sido identificados ou estavam foragidos.
Fonte: G1