O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reunirá com o papa Francisco no fim do mês de maio, quando irá para a Itália para participar da reunião de cúpula do G7, confirmou o próprio presidente nesta quinta-feira (4).
Segundo a Santa Sé, o encontro ocorrerá no dia 24 de maio, às 8h30 (hora local), no Palácio Apostólico.
O evento com líderes mundiais em Taormina, que ocorre entre os dias 26 e 27, faz parte da primeira viagem internacional do republicano, que ainda tem um encontro com os chefes de Governo e Estado dos países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em Bruxelas na agenda do dia 25. O encontro entre o Pontífice e o norte-americano teve uma série de idas e vindas. Em abril, uma apuração mostrou que não havia na agenda um espaço para uma reunião com Francisco, fato que quebraria uma tradição. Desde o presidente Franklin D. Roosevelt (1933-1945), um mandatário norte-americano quando vai para a Itália pela primeira vez, tem como compromisso um encontro com o chefe da Igreja Católica. Roosevelt não foi ao Vaticano por conta da Segunda Guerra Mundial e das oposições opostas no conflito de Itália e EUA.
Pouco tempo depois, o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, informou que Washington estava tentando entrar em contato com o Vaticano para marcar uma audiência privada entre os dois líderes e que isso “seria, certamente, uma honra”.
Durante um encontro com o primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni, no dia 20 de abril, Trump deu a entender que iria se encontrar com Jorge Mario Bergoglio, dizendo que “não via a hora” de se reuniu com o sucessor de Bento XVI.
Apesar de nunca ter mencionado o nome do presidente norte-americano, o Papa deu diversas declarações pessoais ou por notas do Vaticano, criticando a “construção de muros” entre as nações e pedindo uma política de portas-abertas das nações com os imigrantes. Por sua vez, o republicano alternou momentos de críticas a Francisco, a quem chamou de “sujeito altamente politizado”, com elogios ao líder da Igreja. De fato, os dois têm posturas claramente opostas em suas maneiras de verem o mundo e os principais desafios da atualidade.
Além do giro na Europa, Trump ainda visitará Israel e Arábia Saudita – dois dos principais parceiros dos Estados Unidos no Oriente Médio. (ANSA)
Fonte:Ansa