Seria ótimo que o espaço que ocupamos mensalmente, dentro da campanha de restauração da BR 364, ao menos no trecho entre Porto Velho a Vilhena, com cerca de 700 quilômetros fosse utilizado com outro tema. Mas estamos no verão amazônico (seca) e pouco está sendo feito pelo Dnit, para adequar à realidade a principal via de acesso pavimentada do Estado.
Desde meados de 2016 que o Rondônia Dinâmica vem desenvolvendo uma ampla campanha para que a 364, rodovia federal construída na década de 90, seja recuperada desde a sua base. Tapa-buraco, recuperação de trechos são insuficientes para garantir viagem tranquila, porque a base, muito antiga e inadequada para suportar a demanda atual, tanto de veículos como das carretas precisa de restauração e adequação.
A 364 é chamada de “Rodovia da Morte” ou “Matadouro Humano” devido ao elevado número de acidentes, boa parte com vítimas fatais. Todos os anos, a BR, após o inverno amazônico (chuvas) está com o trecho Porto Velho-Vilhena em precárias condições, como agora. Somente os cerca de 200 quilômetros entre Porto Velho a Ariquemes oferecem um mínimo de segurança para motoristas e passageiros. Os demais trechos estão precários, muitos quase intransitáveis.
Todos os anos a bancada federal (senadores e deputados) promete resolver a situação da BR 364. Garantem recuperar, sinalizar e ampliar a fiscalização, pois o contingente da Polícia Rodoviária Federal no Estado é insuficiente para atender o enorme volume de veículos que circulam diariamente pela via. Mas de concreto, nada.
O movimento é maior nas safras de grãos (soja e milho). Boa parte delas oriundas do sul do Mato Grosso, quando carretas de até 38 t trazem a produção para exportação, através do Porto Graneleiro de Porto Velho, no rio Madeira. À época da construção da 364, uma jamanta, maior veículo de carga, transportava no máximo 12 t.
Apesar de servir de “ponto de apoio” para movimentos paredistas dos mais variados segmentos, como esta semana no Distrito de Jacy-Paraná, quando os moradores fecharam a rodovia pressionando o Ibama protestando sobre questões ambientais relacionadas as usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, construídas no rio Madeira, em Porto Velho, não se constata movimento pró-BR 364. A rodovia serve de suporte a pressões dos mais diversos segmentos da sociedade, menos para “ela”, a 364, que está abandonada, perigosa e carente de investimentos que garantam no mínimo segurança a motoristas e passageiros.
Os segmentos organizados da sociedade devem pressionar a bancada federal, para que o Dnit seja intimado a restaurar, sinalizar e adequar da BR 364. Caso contrário, muitas famílias continuarão sendo enlutadas devido à precariedade da rodovia e o favorecimento a acidentes fatais.
Restauração e adequação da BR 364-Já.
Fonte: Rondoniadinamca