O deputado Adelino Follador (DEM) registrou, em sessão nesta quarta-feira (31), sua preocupação quanto a produção de carne do Estado, após os escândalos da JBS e repudiou o discurso de Hermínio Coelho (PDT) feito na Rádio Cultura de Ji-Paraná na última semana.
De acordo com Adelino e Lazinho da Fetagro (PT), Coelho, durante a semana da 6ª Rondônia Rural Show, em Ji-Paraná, Hermínio fez uma declaração na Rádio Cultura local, colocando em dúvida o trabalho feito pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa que investigava os cartéis de frigoríficos existentes no Estado.
De acordo com Follador, a atitude do colega de parlamento foi errônea e prejudica todo o trabalho feito pela casa. “Nós vamos pedir relatórios dos órgãos competentes e mostrar que a nossa CPI teve sim resultado, diferente do que o colega declarou na rádio”, afirmou. Ele também destacou que a postura de Hermínio coloca em dúvida não só o trabalho da CPI, como também todos os feitos da Casa Legislativa. “Se alguém fala mal da Assembleia, fala da Casa toda. Não podemos deixar que colegas de parlamento coloquem em dúvida nossos trabalhos”.
Follador ressaltou que a produção de carne no Estado já foi discutida pela Comissão de Agricultura. “Nossa preocupação é que, o dinheiro roubado por esses cartéis de frigoríficos irá ser retirado das costas do agricultor. Hoje a JBS tem domínio da carne nacional”, afirmou.
O deputado também falou sobre os riscos que a queda da JBS trará a economia do Estado. Ele declarou que irá fazer um apelo ao Ministério da Agricultura para que a expansão dos frigoríficos em Rondônia seja autorizada com mais agilidade. Para ele, a ação é necessária tendo em vista que, atualmente, grande parte do comércio de carne brasileira é feito pela empresa JBS que hoje é alvo de investigação em Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Congresso Nacional.
“Nós já temos plantas para expandir, só falta autorização do governo federal. É importante que o comércio da carne, aqui, sofra uma expansão, para que nossa economia não fique tão dependente de grandes empresas como essa”, concluiu Follador.
ALE/RO – DECOM – Isabela Gomes