Inicialmente prevista para acontecer nesta segunda (5), a transferência do ex-deputado federal Rodrigo da Rocha Loures para a penitenciária da Papuda ficou para quarta (7), de acordo com a Polícia Federal. Entre hoje e quarta, Loures, que ficou conhecido como ‘deputado da mala’ e era assessor de Michel Temer, irá prestar depoimento às autoridades policiais. O horário da oitiva, no entanto, não será divulgado.
A transferência de Loures, portanto, acontecerá após o início do julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE, que pode cassar o mandato de Temer. O presidente é alvo do mesmo inquérito de Loures, o 4483 – Operação Patmos, que mira o ex-parlamentar e o presidente.
Loures foi preso na manhã deste sábado (3) em sua residência em Brasília e está desde a prisão em uma cela na superintendência da PF na capital federal. O ex-parlamentar já recebeu visita da sua equipe de advogados, liderada por Cezar Bitencourt. O ex-deputado é ex-assessor especial do presidente Michel Temer e foi flagrado saindo de um restaurante em São Paulo com uma mala de R$ 500 mil, dinheiro que seria propina, de acordo com a delação do empresário Joesley Batista, dono da JBS.
Até esta a última quinta-feira (1), Rocha Loures era deputado federal, suplente do ex-ministro da Justiça Osmar Serraglio (PMDB-PR). Ele perdeu a prerrogativa de foro privilegiado assim que Serraglio deixou a pasta da Justiça e recusou o Ministério da Transparência, oferecido por Temer, e reassumiu o mandato na Câmara.
O advogado de Rodrigo Rocha Loures, Cezar Bitencourt, argumentou em sua defesa ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal) e que determinou a prisão do ex-parlamentar, que a Procuradoria-Geral da República solicitou a prisão de seu cliente com objetivo “forçar delação” premiada. Bitencourt já se manifestou contra a delação de Loures.
Fonte: R7