Julgado nesta segunda-feira, 19, pelo duplo homicídio ocorrido na noite do dia 31 de dezembro de 2012 para o dia 1º de janeiro de 2013, em uma chácara na Linha 135 na Associação Águas Claras, do qual foram vítimas José Carlos Alves de Almeida e Fabiane Pereira de Souza, Marcos Antônio de Oliveira Ferreira, de 32 anos, foi absolvido por insuficiência de provas.
Marquinhos, como o réu é conhecido, está preso em um presídio de Porto Velho desde janeiro de 2016, quando se entregou à polícia argentina alegando “está cansado de ser perseguido”. Ao se entregar, ele disse que estava sendo acusado de crimes que ele não havia cometido e que iria provar que era inocente.
Hoje, ele voltou a negar ter matado o casal e apontou como autores o seu patrão à época do crime, e o irmão dele. O réu disser ainda que temia pela sua vida e pediu para ser mantido em Porto Velho, por que se fosse transferido para Vilhena, seria morto.
O Ministério Público, representado pelo promotor de justiça João Paulo Lopes, pediu a condenação do réu por duplo homicídio qualificado por recurso que dificultou a defesa das vítimas. Lopes argumentou que em crimes ocorridos longe dos olhares de testemunhas fica difícil a obtenção de provas contundentes; mas, apontou uma série de contradições nos depoimentos do réu.
Lopes também relatou o depoimento de uma senhora em fase de inquérito que ligaria o réu ao crime; a mulher em questão teria dito que Marquinhos teria ido até sua casa na madrugada do crime e pedido para seu marido esconder uma arma. Ela disse ainda ter ouvido Marquinhos dizer “fiz uma cagada”. No entanto, o depoimento dela foi negado pelo marido; e ela própria mudou sua versão quando ouvida em juízo. Para o promotor a mudança foi motivada pelo medo.
Já a defesa, sustentada pelos advogados Robson de Carvalho e Jaquesson Botelho do Carmo, pediu o reconhecimento da tese de negativa de autoria. Para os advogados, Marcos só foi denunciado porque fugiu. “Não tem nenhuma prova que coloque Marcos na cena do crime”, disse Do Carmo.
Passava das 15h00 quando a juíza Liliane Pegoraro Bilharva leu a sentença que absolveu Marcos Antônio por insuficiência de provas. O réu volta para o presídio da capital aonde cumpre pena de 21 anos por dois homicídio e tentativa de homicídio.
Fonte: Folha do Sul On Line