Rondônia é o corredor do Arco Norte, a hidrovia do rio Madeira é considerada a nova rota da América do Sul e principal aposta logística do agronegócio do país. Com o início da dragagem e manutenção da via navegável ininterruptamente ao longo do ano, a expectativa do mercado é de elevar a capacidade de embarques do país.
O rio Madeira é apontado como ideal para movimentação de grandes volumes de mercadorias, minérios, insumos agrícolas e grãos. Segundo dados registrados na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), durante o primeiro semestre de 2017 foram transportados pelo rio Madeira 3.515 milhões de toneladas de grãos. Os produtos que saem pelo Porto de Porto Velho e Terminais de Uso Privado (TUP) são destinados à diversos países de diversos continentes, entre eles: Ásia, Europa, América do Norte e Oriente Médio.
A reivindicação das empresas de navegação, que operam no transporte fluvial de cargas e passageiros no Norte do Brasil, é antiga uma vez que no período da estiagem as balsas não conseguem transportar os produtos em sua capacidade máxima. “A dragagem é uma luta conjunta do Governo do Estado de Rondônia e da bancada federal. A licença do Ibama demorou e o serviço começará atrasado. O serviço consiste na remoção dos sedimentos que estão no fundo do rio permitindo a passagem das embarcações em áreas mais assoreadas. A expectativa é que a liberação deste canal permita a navegação ao longo do ano inteiro, mas que seja realizada dentro do período viável para que o recurso investido no projeto não se perca e traga vantagens para alavancar a economia da região”, explicou Leudo Buriti, diretor presidente da Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (SOPH).
Segundo o consórcio executor da obra JEDD/EPC e a empresa fiscalizadora UMI-SAN – Serviço de Apoio à Navegação e Engenharia, estão previstos 14 pontos nesta primeira etapa e a previsão de início dos serviços é na próxima semana.
Fonte: Secom