Leitura: Evangelho de Mateus 1:1-25; Lucas 2:1-7; 3:23-38
Qual judeu, de sã consciência, incluiria na genealogia de Jesus duas prostitutas? Mateus fez isso no primeiro capítulo de seu evangelho. Tamar e Raabe eram prostitutas.
E tem mais, tem Jeconias, um rei amaldiçoado pelo profeta Jeremias; tem Rute, uma moabita, povo inimigo de Israel; tem o rei Salomão, que teve mil mulheres, grande parte delas de povos inimigos, e mergulhou na mesma idolatria desses povos. Quem foi Salomão? Era filho de Bate-Seba, a mulher com quem Davi cometeu adultério e cujo marido mandou para a morte. O interessante é que o nome dela não aparece na genealogia, mas sim o de seu marido traído!
E se você analisar a vida de cada um da lista de ancestrais de Jesus vai chegar à conclusão de que não salva um. Ou então vai perceber que Deus queria mandar um recado; queria dizer que eram justamente pecadores assim que Ele ia salvar.
A chave para entender isso está no que o anjo disse a José em um sonho, depois que ele descobriu que sua noiva, Maria, estava grávida e o filho não era dele.
O anjo disse: Ela dará à luz um filho e você o chamará de Jesus, porque Ele salvará o seu povo dos seus pecados.
Aquele Ser que a virgem trazia no ventre tinha sido gerado pelo Espírito Santo e seria chamado de “Deus conosco”. Deus estava a ponto de experimentar o que era nascer, viver e morrer como homem. Deus estava a ponto de sentir na própria pele o que eu e você sentimos. Quer maior empatia do que isso?
Ah, eu quase me esqueci. Mateus, o autor do evangelho, era um judeu traidor da pátria. Ele coletava impostos para César, o invasor romano. Seria algo como um judeu trabalhando para Hitler durante a segunda guerra.
Sabe de uma coisa. Essa história é tão incrível que só pode ser verdade. Eu creio nela e eu creio nEle, em Jesus, o Salvador. Eu preciso crer, eu sou tão pecador quanto Mateus e essa gente toda. E você?