Balbuena nos estúdios da rádio paraguaia
Foto: Reprodução/Twitter
Em férias em Assunção, capital do Paraguai, o zagueiro Fabián Balbuena concedeu uma mega entrevista ao programa El Extra de Fútbol a lo Grande, da rádio Monumental 1080 AM. O defensor falou sobre diversos assuntos relacionados ao Corinthians e ao futebol brasileiro em si.
Histórias com torcedores, estrutura física do clube, principais adversários, desafios e objetivos, rotina na cidade de São Paulo… o camisa 4 do Timão abriu o coração aos seus compatriotas.
Acompanhe os principais trechos de Balbuena à rádio paraguaia, incluindo a possibilidade de deixar o Parque São Jorge para atuar no futebol europeu – contrato terminará no dia 31 de dezembro de 2018. Veja abaixo:
FÉRIASMerecidas, jogamos bastante no futebol brasileiro, temos um calendário intenso. Estou aproveitando bastante para ficar com a minha família.
MELHORA DE 2016 PARA 2017Cheguei do Paraguai para atuar num gigante como o Corinthians, que tinha sido campeão brasileiro no ano anterior. Essa adaptação é normal, mas com muito trabalho, ajuda dos meus companheiros e a confiança do treinador que foi fundamental, eu pude fazer um bom trabalho em 2017. Estou muito feliz.
DOIS TÍTULOS NO ANOSurpresa para vocês (jornalistas paraguaios) e para todos os brasileiros também. Era o primeiro ano do nosso treinador, todos analisaram ele como uma aposta. Mas ele era auxiliar do Corinthians há muito tempo, trabalhou com Mano Menezes, com Tite. Ele assumiu este ano, fez seu corpo técnico, deu confiança a todo grupo e seguimos bem. Ele sempre traz todas as informações a titulares e reservas, isso ajuda demais. Os que não estão jogando sabem o que fazer do mesmo jeito daqueles que estão mais em campo. Ele é claro nas ideias.
COMPETIÇÕESPerdemos a Copa do Brasil muito cedo, nos pênaltis. Também não conseguimos ir bem na Sul-Americana, mas ganhamos dois títulos, incluindo o mais importante do Brasil, que é o campeonato local. A Libertadores é vista lá por todos como a mais importante, mas quando não se está classificado para essa competição, como era nosso caso este ano, o mais importante que se pode almejar é o Brasileiro. E conseguimos.
GOLS E COMEMORAÇÃOTive a sorte de ajudar minha equipe com alguns gols, sempre me cobrei bastante para tentar ajudar mais nessa parte (foram seis em 2017). Este ano, consegui. A comemoração (com gesto de continência) foi algo que aconteceu de forma natural, foi logo no primeiro gol que fiz pelo Corinthians (contra o Linense, em março de 2016), eu queria apenas fazer uma saudação à torcida. Agora, eles me encontram na rua e fazem o mesmo gesto. É muito legal.
FIELA torcida do Corinthians tem uma paixão diferente, muito peculiar mesmo. Acho que é diferente até do torcedor brasileiro em si. É algo extremo, vamos treinar e tem sempre muita gente nos esperamos do lado de fora do CT para tirar fotos. Certa vez, uma senhora começou a chorar porque estava diante de mim e do Ángel (Romero)… eu disse a ele: “Não pode ser, isso não pode estar acontecendo”. Ela tinha vindo do interior de São Paulo para conhecer nós dois. Paramos o veículo e atendemos ela e seus familiares. Não estamos muito acostumados a isso. É legal saber desse carinho deles. Sempre temos contato nas ruas, com outros torcedores de clubes diferentes também, todos são bastante respeitosos com a gente.
COMPARAÇÕES COM GAMARRAHá essa comparação desde que eu cheguei. Camisa 4, paraguaio, zagueiro…é muita coincidência mesmo. Mas para por aí, não tem como me comparar com o Colorado (apelido do Gamarra no Paraguai). Sei bem o que ele foi para o Corinthians e também para o nosso país. Eu comecei apenas agora, não dá nem para iniciar esse tipo de comparação. Mas fico feliz de qualquer forma com esse tipo de coisa, ele foi um dos maiores.
ESTRUTURATemos tudo que precisamos para fazer um bom trabalho e pensar apenas em jogar futebol. Um grande estádio, um ótimo CT, uma estrutura de primeiro mundo mesmo que é colocada a nossa disposição. Tudo que tem na Europa nós temos no Corinthians. É preciso apenas render bem e crescer como jogador.
RIVAIS E O FUTEBOL BRASILEIROHá várias equipes grandes no Brasil, ao menos uma por estado. E os menores quando jogam contra os grandes sempre estão a mil por hora, é uma liga difícil de ser jogada, mas muito boa também. Acho que o Maracanã é o estádio que mais causa impacto, onde jogam Flamengo e Fluminense. Tem a Arena do Grêmio que é complicada. Mas sempre nos comportamos em campo como protagonistas, sem importar tanto com esse lance de visitante ou mandante nos jogos.
JOGAR NA EUROPANão penso muito nisso, estou muito feliz no Corinthians. Minha família também está muito feliz na cidade, e quando a família está bem, o jogador está mais tranquilo em campo e passa a jogar melhor. Estou bem também por saber que eles vivem uma ótima vida no Brasil. Várias ligas europeias certamente são boas de se jogar, sempre tive sonho de infância de jogar na Inglaterra, mas me sinto feliz no Corinthians, jogo numa grande liga também. Eu tenho essa felicidade.
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