Morreu nesta quarta-feira (3) o ex-atacante Darci, que defendeu clubes como Volta Redonda, America, Olaria e Botafogo. Ele tinha 49 anos e sofreu um infarto fulminante durante a tarde, em Volta Redonda, sua cidade natal. Campeão da Segundona de 1990 pelo Esquadrão de Aço, ele também defendeu clubes de Portugal, Estados Unidos, Arábia Saudita, Turquia, Polônia, Grécia, Líbano, Malásia e Venezuela. Ainda não há informações sobre seu sepultamento.
Darci Miguel Monteiro nasceu em 26 de setembro de 1968 e começou sua carreira no Volta Redonda, em 1988. Lá, fez parte do elenco que disputou o Campeonato Carioca do ano seguinte, fazendo dupla de ataque com Donizete, seu contemporâneo e que subiu dos juniores na mesma época. Na temporada seguinte, o “Pantera” já tinha ido para o Botafogo, mas Darci seguiu no Esquadrão de Aço, onde foi peça-chave na conquista da segunda divisão do Carioca, ao lado de outros nomes históricos do clube, como Denimar, Humberto e Élson.
O atacante permaneceu no Voltaço até 1992, quando foi vendido para o Belenenses (POR). Foi o primeiro jogador da história do Volta Redonda a ser negociado com um clube do exterior. Ficou em Portugal por dois anos, antes de jogar no Rochester Rhinos (EUA) e voltar a terras lusas, onde defendeu o Felgueiras. Só depois disso é que regressou ao Brasil, já mais experiente, para defender o Olaria. No clube da Rua Bariri, fez um grande Carioca em 1999 e terminou como o máximo artilheiro de sua equipe.
Na altura, Darci chamou atenção do grande público por sua semelhança com Ronaldo, o “Fenômeno”, uma vez que também era careca e usava a camisa 9. Os gols pelo clube bariri o levaram ao Botafogo, onde foi vice-campeão da Copa do Brasil daquela ano. Depois disso, rodou por vários times, como Al-Ittihad (SAU) e Antalyaspor (TUR), voltando ao Rio para defender Friburguense e, novamente, o Olaria. Jogou ainda pelo Fortaleza e regressou à Europa em 2002, pelo Widzew Lodz (POL).
Já cidadão do mundo e veterano, Darci teve uma última passagem pelo Olaria em 2004, no Campeonato Carioca. Depois, atuou por Sabah (MAL), Al-Rayyan (LIB), Paniliakos (GRE) e Aragua (VEN), além do paranaense Paranoá. Era o fim de uma carreira longa e de mais de uma dezena de clubes. No centenário do Olaria, em 2015, ele foi um dos convidados para a festa e encontrou-se com Ricardo Boiadeiro, seu compaheiro de ataque no forte Azulão de 99.
Após se aposentar, Darci se fixou em Volta Redonda e trabalhava numa empresa de eventos na cidade. Ele deixa esposa e uma filha.
Fonte: FutRio