Leitura: Mateus 11:1-6; Lucas 7:18-23
Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=7AjUBf2jrus
Áudio: http://www.stories.org.br/3minutos/34_Duvidas.mp3
Nos últimos 3 minutos vimos os apóstolos serem enviados a uma missão específica e compreendemos o caráter judaico de muitas passagens dos evangelhos, um período de transição antes da formação da igreja em Atos 2.
Agora encontramos João Batista na prisão, e ele está inquieto. Tem dúvidas a respeito de Jesus. Afinal, João tinha recebido de Deus a missão de anunciar a chegada do Messias, o Rei de Israel, aquele que libertaria o povo de seus inimigos e inauguraria uma nova era de paz e prosperidade. Ao invés disso, ali estava João, jogado num cárcere e prestes a ser decapitado.
Jesus manda avisá-lo de que ele era realmente o Messias esperado, e suas credenciais o qualificavam para isso. No Antigo Testamento os profetas diziam que o Messias seria capaz de curar cegos, aleijados, leprosos e surdos. Só não falava de ressuscitar os mortos, portanto Jesus foi além das expectativas. A questão era que o tempo de colocar a casa em ordem ainda não havia chegado, daí a dúvida de João. Era apenas uma questão de tempo.
Acontece conosco, quando vemos que as circunstâncias parecem não mudarem após nossa conversão. Às vezes elas ficam até piores. Isso é como uma viagem. Você passa horas e dias viajando para visitar uma pessoa querida, e acha isso maçante. É só quando você chega ao fim que os meios acabam perdendo sua importância.
Mas mesmo enquanto viaja você já está a caminho, com a passagem comprada e seu destino determinado. A questão já não é “se”, mas “quando” irá chegar. Ao crer em Jesus você é salvo, pois sua passagem foi paga na cruz. Você já embarcou e está vendo o mundo passar pela janelinha. Mesmo assim podem surgir dúvidas, como aconteceu com João.
Não é errado ter dúvidas e inquietações quando elas são colocadas diante da pessoa certa. João pediu a seus discípulos que levassem suas dúvidas a Jesus. Jó gastou todo o seu estoque de pontos de interrogação ao cobrar de Deus a razão da sua desgraça. Mas no final Jó se deu por satisfeito, mesmo sem ter uma resposta clara da razão de seu infortúnio. Geralmente é assim que Deus trata conosco.Jesus sabe o que é ter dúvidas, ter inquietações. É dele a pergunta “Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?”. Viu? Ele sabe o que é ser humano.
Mas neste exato momento pode ter certeza de que João Batista já não tem qualquer dúvida. Valeu a pena ter esperado, e é dele que Jesus continua falando no trecho que vamos ver nos próximos 3 minutos.