Rua Digna da Vila São Domingos e do Conjunto Santa. Bárbara (Foto: Orcenil Jr.)
Com as obras do Programa Rua Digna prontas, previstas para serem inauguradas neste mês, a comunidade da Vila São Domingos e do Conjunto Santa Bárbara, em São Luís, têm um motivo a mais para festejar: os moradores foram além da obrigação e fizeram melhorias que não estavam previstas no projeto.
O Rua Digna vem melhorando bairros que antes eram apenas poeira, lama e buracos. O mutirão destina verbas para os próprios moradores fazerem a obra, gerando emprego e renda. Em contrapartida, eles precisam prestar contas e cumprir o que o projeto determina.
No caso da Vila São Domingos e do Conjunto Santa Bárbara, o Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado do Trabalho e Economia Solidária (Setres), destinou R$ 191 mil para pavimentar 472 metros de cinco ruas.
Mas a associação de moradores construiu 128 metros a mais, além de 18 metros de uma galeria para o escoamento de água da chuva. Eles também fizeram a construção e a padronização das calçadas e dos meios-fios, valorizando os imóveis da região.
“A força e a união da nossa comunidade, e um pouco de gerência financeira, fizeram a gente alcançar um resultado mais que esperado no Programa Rua Digna. O que fizemos aqui foi mais do que o que tínhamos solicitado no projeto”, diz Maria do Carmo Cantanhede, moradora da Vila São Domingos.
Presidente da Associação dos Moradores da Vila São Domingos , Maria do Carmo Cantanhede. (Foto: Orcenil Jr.)
Olhar para o povo
Maria do Carmo se tornou peça fundamental nas lutas e conquistas no bairro à frente da Associação de Moradores da Vila São Domingos. “Nunca desisti dos nossos sonhos. Isso aqui foi uma luta que travávamos com vários governos e nunca havíamos sido atendidas. Mas nessa gestão, o olhar foi direcionado para o povo, e assim, estamos mudando a vida de muita gente”, conta.
Outro destaque do Rua Digna na Vila São Domingos e na Santa Bárbara foi a presença massiva do grupo formado por seis mulheres: Maria Santana de Sousa, Maria do Carmo Cantanhede, Graciete de Fátima Marvan Gama, Mayra Ribeiro, Márcia Regina Fonseca e Telma da Rocha Pereira.
“Fomos guerreiras, não desistimos e quando descobrimos o Programa Rua Digna, corremos para sermos beneficiados. Esse governo de forma inédita nos ouviu e nos presenteou com essa obra, que é muito gratificante para gente. Estamos felizes”, ressalta Maria do Carmo.
Uma das mais antigas moradoras da Rua Nova, Maria Santana, de 74 anos, conta que temia pelo desabamento da casa, devido ao enorme buraco que se formava na rua e que chegava às proximidades do seu muro. “Eu confesso que tinha até vergonha de morar nessa rua”, diz.
O Rua Digna
O recurso oferecido pelo Programa Rua Digna é de até R$ 200 mil por cada Plano de Trabalho. O subsídio é destinado ao custeio dos blocos de concreto, de areia, do meio-fio, da calçada e para o pagamento do técnico da engenharia civil. O calçamento das ruas é feito com bloquetes intertravados, preferencialmente confeccionados pelos apenados do Complexo Penitenciário São Luís. As associações ou sindicatos também são orientados a obter material de construção dos fornecedores da própria comunidade, a fim de gerar renda para o comércio local.
O Rua Digna foi disponibilizado para organizações da sociedade civil localizadas dentro da Região Metropolitana (São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa) e para os 30 municípios do Mais IDH. Com a inspeção de técnicos do Mutirão Rua Digna, o prazo máximo para execução é de 90 dias, a contar do início da obra. Já a prestação de contas é de 60 dias após o recebimento do recurso.
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