As reservas provadas de óleo, condensado (um hidrocarboneto leve) e gás natural da Petrobras atingiram 12,415 bilhões de barris de óleo equivalente (boe), em 31 de dezembro de 2017. A informação foi divulgada na noite de hoje (29) pela companhia. O volume apurado segue os critérios da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e da Society of Petroleum Engineers. Pelos mesmos critérios, em 2016, as reservas eram de 12,514 bilhões de boe.
A companhia informou ainda que, mesmo com o recorde de produção em 2017, conseguiu repor 89% do volume produzido, principalmente, por causa da perfuração de novos poços e melhor comportamento dos reservatórios no pré-sal das bacias de Santos e Campos. Já nos campos terrestres, o destaque, de acordo com a Petrobras, foi a redução dos custos operacionais na Bacia do Solimões, no estado do Amazonas.
Em 2017, a produção média de petróleo no Brasil registrou o quarto ano consecutivo de recorde. Foram 2,15 milhões de barris por dia (bpd), 0,4% acima do resultado do ano anterior. No início de 2018, quando fez esse anúncio, a companhia informou que, pelo terceiro ano seguido, cumpriu a meta de produção, confirmando a previsibilidade das suas projeções.
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Na nota de hoje, a petroleira informou também que a relação entre o volume de reservas e o volume produzido é de 13,5 anos, sendo de 13,7 anos no Brasil. O Índice de Desenvolvimento (ID), que é a relação entre as reservas provadas desenvolvidas e as reservas provadas, ficou em 49% em 2017.
Critérios da SEC
O volume das reservas tem um valor diferente se forem analisadas pelos critérios da US Securities and Exchange Commission (SEC), que é correspondente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) do Brasil. Conforme a Petrobras, neste caso, em 31 de dezembro de 2017, as reservas provadas de óleo, condensado e gás natural da Petrobras alcançaram 9,752 bilhões de barris de óleo equivalente (boe). Em 2016, eram de 9,672 bilhões de boe.
No critério da SEC, a estatal teve um Índice de Reposição de Reservas (IRR) de 109%. A relação entre o volume de reservas e o volume produzido é de 10,6 anos, sendo de 10,7 anos no Brasil, com o Índice de Desenvolvimento (ID) de 53% em 2017.
A Petrobras acrescentou que a principal diferença entre os critérios ANP/SPE e SEC “é o preço do petróleo considerado no cálculo da viabilidade econômica das reservas”.
O critério utilizado para a certificação das reservas é o da SEC. “A Petrobras, historicamente, submete à certificação pelo menos 90% de suas reservas provadas segundo o critério SEC. Atualmente, a empresa certificadora é a D&M (DeGolyer and MacNaughton)”, informou a empresa na nota.
Edição: Davi Oliveira