Depois de 22 anos longe da modalidade, o Timão volta a ter uma equipe de basquete masculina
Foto: Rafaela de Oliveira/Meu Timão
A manhã desta quinta-feira foi agitada no CT Joaquim Grava, no Parque Ecológico do Tietê. Além dos trabalhos em campo comandados pelo técnico Fábio Carille, a equipe masculina de basquete recém-formada foi oficialmente apresentada – há 22 anos o clube não competia na modalidade. Na coletiva, três personagens do Timão conversaram com a imprensa. O tema mais comentado, é claro, foram as pretensões do time para a temporada.
O técnico Bruno Savignani, de 35 anos, foi o primeiro a falar sobre o projeto corinthiano. Experiente, o comandante chegou com o Brasília duas vezes aos playoffs do Novo Basquete Brasil (NBB), considerado principal torneio da modalidade no país. Novos reforços também foram citados pelo professor.
“Para mim é uma grande honra participar desse projeto num clube tão grande como o Corinthians. A equipe hoje conta com dez jogadores, mas a gente ainda vai trazer mais dois jogadores para fechar o elenco, provavelmente dois estrangeiros. Faltam alguns detalhes. A equipe vem se mostrando muito sólida, muito dedicada”, afirmou.
O armador Gustavinho, veterano de 32 anos, falou sobre o seu papel de liderança dentro do grupo alvinegro. Em seu ex-clube, o Mogi das Cruzes, o jogador foi responsável por comandar a campanha que culminou em sua ascensão. O atleta também atuou no Pinheiros-SP, Caxias do Sul-RS e Basquete Cearense-CE.
Jogadores do basquete corinthiano assistiram ao treino comandado por Carille
Rafaela de Oliveira/Meu Timão
“Acho interessante esse tipo de perspectiva de um time que está iniciando um projeto com intenções mais altas. No Mogi, fazia tempo que não tinha time e o envolvimento da cidade foi absurdo. A gente sabe o que Corinthians já tem muito mais relevância. Eu sei muito bem da importância e do tamanho que pode tomar esse Corinthians.”
“Tem um envolvimento dentro do clube, com a diretoria, com o pessoal do futsal. Para mim é muito importante assumir esse papel de liderança. Não é só esse time brigador, a gente tem pensando muito. Com atletas na pegada, a molecada nova rejuvenesce a equipe. É uma química boa”, completou.
O diretor de esportes terrestres do Timão, Adilson Mendes, compôs a mesa que bateu papo com os jornalistas. Com seu mandato chegando ao fim, o dirigente afirmou deixar o cargo com sensação de dever cumprido.
É importante ressaltar que o grupo do Parque São Jorge estreia na temporada no dia 3 de março, às 15h30, contra o Unifacisa-PB, em confronto válido pela Liga Ouro. Em seu primeiro jogo em casa, no ginásio Wlamir Marques, os corinthianos encaram o Brusque-SC, no dia 8 de março, às 20h.
Confira os outros trechos da entrevista abaixo.
Adílson Mendes, sobre a consolidação do projeto
“Esse é mais um sonho, uma realização da nossa gestão. Estamos iniciando esse projeto após 22 anos e tenho a satisfação e o prazer de resgatar essa história para os dias atuais. E os nossos objetivos são de conquistas. É lógico que estamos iniciando com pé no chão, com equilíbrio, mas tenho plena convicção que vamos montar uma equipe campeã e vamos dar muito trabalho. Podem ter certeza disso.”
“Nós do grupo Renovação e Transparência viemos de um processo de gestão. Todos eles são para ficar, porque analisamos, debatemos, discutimos e colocamos em prática. E o basquete não vai ser diferente independente da eleição no clube. Nos iniciamos o projeto, eu estou terminando a minha gestão.”
“Tinha quatro metas no início da minha gestão em 2015. Seria ser campeão da liga nacional, montar um time de vôlei e basquete e, todas essas três metas que era condensar o financeiro num momento crítico do Corinthians. Eu estou terminando minha gestão com a satisfação de dever cumprido, porque essas quatro metas foram alcançadas.”
Bruno Savignani, acerca do planejamento para a formação da equipe
“A gente sentou para planejar e escolher qual tipo de jogador queríamos. Tentar misturar um pouco jogadores experientes com as características que eles (jovens atletas) têm. Sempre pude perceber a característica brigadora. Isso é muito importante. Desde o primeiro momento que conversamos foi exatamente sobre isso. O quão importante é a gente ter essa cara do Corinthians.”
“Eles tem de entender o que representa o Corinthians. Ninguém aqui é maior que o Corinthians e nem vai ser. A gente tem de estar junto, trabalhar duro. Com os novos que estão buscando espaço e com os jogadores que têm experiência. Realizar o que planejamos para um futuro próximo e a longo prazo no basquete do Corinthians.”
‘Todo mundo sabe o que o Corinthians representa. Estamos conscientes da pressão que vem. Isso faz parte do esporte, do dia a dia. Saber que o Corinthians é campeão no futebol e no basquete vem como um estímulo. Do mesmo jeito que tem a pressão, tem o lado positivo, incentivo, mas a torcida do Corinthians é muito forte e vai apoiar até o fim.”
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