O Conselho técnico da Série A aprovou, nesta segunda-feira, o uso de grama sintética em jogos do Campeonato Brasileiro deste ano. Outra decisão é a autorização para transferência de mando de campo para outros estados.
As decisões desta segunda-feira revertem parecer técnico dado em fevereiro do ano passado. Naquela ocasião, uma votação entre os clubes na CBF havia decidido pela proibição de venda do mando de campo e também do uso de grama sintética.
O Atlético-PR é o único clube cujo estádio tem grama artificial atualmente. A Arena da Baixada usa gramado sintético desde 2016.
A autorização para transferência de mando de campo era um pleito do Flamengo. O presidente rubro-negro, Eduardo Bandeira de Mello, havia votado contra o veto em fevereiro do ano passado.
A aprovação dada nesta segunda-feira veio acompanhada por algumas ressalvas. Não será permitido vender mando de campo nas últimas cinco rodadas do Brasileiro. Além disso, a transferência de partidas para fora do estado onde o clube está sediado limita-se a cinco partidas no campeonato.
Clubes rejeitam uso do árbitro de vídeo no Brasileiro de 2018
Os clubes da Série A do Campeonato Brasileiro decidiram, nesta segunda-feira, rejeitar o uso do árbitro de vídeo (VAR) na edição deste ano. A decisão foi tomada no congresso técnico da CBF, que também autorizou estádios com grama sintética e venda de mando de campo na Série A.
O veto ao árbitro de vídeo foi decidido por 12 votos a 7 – o São Paulo foi único que não votou. O congresso técnico é mediado pela CBF, mas a entidade não interfere nas decisões das agremiações.
A proposta colocada era de implementação a partir do segundo turno do campeonato. A ideia era que se observasse também o uso na Copa do Mundo de 2018, que seria um parâmetro para solidificar a experiência e unificar os métodos.
Os clubes entenderam, porém, que este modelo geraria uma diferença de critérios entre o primeiro e o segundo turno. Entre os que votaram contra a proposta, também foi usado o argumento de que seria melhor observar a experiência na Copa do Brasil. A CBF fará experiências a partir das quartas de final deste torneio.
A estimativa é de que o custo para implementar o VAR em todo o Brasileiro seja de R$ 20 milhões. Esse custo ficaria a cargo dos clubes, ao contrário do que ocorre na Copa do Brasil, torneio em que a própria CBF pagará pelos testes do árbitro de vídeo.
Durante o último Brasileiro, a CBF chegou a anunciar que faria testes com o árbitro de vídeo ao longo da competição. A decisão foi anunciada pelo presidente da entidade, Marco Polo Del Nero, após a derrota do Vasco para o Corinthians com um gol marcado pelo atacante Jô com o braço.
A CBF tentou agilizar, à época, o treinamento de árbitros para uso do vídeo. Questões técnicas, no entanto, levaram a entidade a adiar os testes do recurso. Por estatuto, uma decisão como a implementação do VAR deve ser tomada pelos clubes, através do congresso técnico mediado pela CBF.
Fonte: Extra Online