Na manhã desta sexta-feira (16), representantes da Sesau (Secretaria Estadual de Saúde) se reuniram com uma comitiva da OPAS/OMS (Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde), que realiza uma missão exploratória em Roraima.
A visita busca avaliar os impactos da imigração venezuelana e levantar as principais demandas locais para, a partir disso, definir as possibilidades de atuação na melhoria das políticas públicas de saúde.
Na ocasião, o secretário-adjunto de Saúde, Marcelo Borba, enfatizou que dada a proporção da situação, existe a necessidade urgente de uma política federal social e de saúde, principalmente na fronteira. Entre os assuntos discutidos, por exemplo, estão a possibilidade de implantação de salas de vacina e de um hospital de campanha na fronteira.
“Estamos em situação de emergência e mais do que nunca, precisamos de políticas decisivas para melhoria do índice adoecimento da população migrante, melhorando nossa capacidade de resposta a estas demandas. Para isso, o ‘know how’ de um organismo como a Opas/OMS será fundamental”, disse.
De acordo com o oficial especialista em Sistemas de Saúde da OPAS/OMS, Fernando Leles, o organismo internacional está à disposição para ajudar na organização dos serviços de saúde no Estado.
Segundo ele, o governo federal solicitou essa visita para que a instituição conheça melhor o sistema de saúde de Roraima, que tem sido resiliente neste momento de crise.
“Após a conclusão das visitas, discutiremos os resultados para verificar o que é possível ser feito, como em questões relacionadas a recursos humanos, infraestrutura, assim como um plano amplo para atender o estado, como um todo”.
A comitiva está em Roraima desde esta quinta-feira, 15, quando foram realizadas visitas em Pacaraima, município na fronteira com a Venezuela e que tem sido sensivelmente afetado pela imigração. Além da reunião com a Sesau e demais autoridades ligadas ao tema, a equipe realiza ainda visita a abrigos e locais como a Feira do Passarão, rodoviária e praças.
OPAS – A Organização Pan-Americana da Saúde é um organismo internacional de saúde pública com papel fundamental na melhoria de políticas e serviços públicos de saúde. Isso é feito por meio da transferência de tecnologia e da difusão do conhecimento acumulado por meio de experiências produzidas nos Países-Membros, um trabalho de cooperação internacional promovido por técnicos e cientistas vinculados à OPAS/OMS, especializados em epidemiologia, saúde e ambiente, recursos humanos, comunicação, serviços, controle de zoonoses, medicamentos e promoção da saúde.