Na tarde de ontem, quarta-feira, o blogueiro do UOL, Juca Kfouri, escreveu, mas não apurou. Sem cautela, pode voltar atrás naquilo que relatou tendo ouvido apenas uma das partes envolvidas.
Juca, jornalista respeitado e que construiu sua carreira com merecidas premiações, dessa vez delegou à outrem o direito da apuração (direito sim, porque é um blog, espaço opinativo e não jornalístico). Não citamos o nome porque primeiro não nos cabe e, segundo, porque nos parece evidente. Acontece que a quem delegou tal apuração, não o deveria ter feito. Porque errou. Errou na absurda (e leviana) história de um contrato perdido por trinta e cinco dias, assim como errou acerca do apontamento sobre a não renovação de Victor Ferraz. Caso o blogueiro queira, de verdade, saber o que aconteceu em ambos os casos, basta que contate o clube. Não o fez antes de sua publicação desta quarta-feira.
Daniel Bykoff, citado em seu texto, é assessor especial e direto do presidente Peres e, desde 1982 é, de fato, advogado. Também tem em sua história, faltou dizer, a honra de ter sido professor universitário da PUC/SP, além de extensa carreira civilista e processualista. Daniel, de fato, não é do ramo do Futebol. E não ser, não o invalida para suas novas atividades no Santos. Pelo contrário. Há tempos que torcedores sensatos de diversos clubes e maioria esmagadora da imprensa pede que o futebol brasileiro se profissionalize. O próprio Juca faz coro à essa profissionalização, no que, ressalte-se, faz bem. E Daniel é exemplo do que a gestão de José Carlos Peres tem feito no Santos: trazido gente profissional e preparada, sem os vícios do futebol, que são muitos, para reerguer o Peixe, tão maltratado nos últimos anos. Ao não trazer os vícios do Futebol, uma gestão profissional não acarreta problemas sucessivos ao Clube, mas os impossibilita.
Até por isso, não há cortina de fumaça na demissão de Gustavo Vieira. O profissional foi contratado pelo clube para desempenhar funções específicas e, diante da metodologia de seu trabalho, o clube optou por mudar de profissional. Não há acusações de lentidão ou ilações semelhantes.
O orçamento do clube, de fato, ainda passa por ajustes. A nova gestão, mais uma vez, busca fazer diferente do habitual no Brasil de gastar para depois buscar a receita. A nova gestão, repetimos, busca ser profissional, exatamente como tanto tem sido clamado em nosso país. Nesse sentido, reconhecemos, às vezes as coisas acontecem em uma velocidade abaixo do que gostaríamos. Mas entre fazer corretamente no tempo certo ou permitir a continuidade dos erros crassos na velocidade habitual do futebol, o torcedor santista terá a tranquilidade de que seguiremos a primeira opção, preservando a história de um dos maiores clubes do mundo.
Peres, nesse sentido, também não disseminou a informação (mal) trazida por Juca em seu blog. Peres recebeu de Gustavo a decisão de não contratar Nenê e, como não resolve as coisas na canetada, acatou, a despeito de discordar e querer, sim, o jogador.
Peres não comunicou Gustavo pessoalmente de sua demissão, porque estavam em cidades distintas, além do fato de que a demissão foi decidida não apenas por ele, Peres, mas pelo Comitê Gestor, o que inclusive demonstra democracia em sua atuação e não a paralisia citada, novamente de forma precipitada, pelo blogueiro.
Jair tem e continua tendo completo respaldo para desempenhar seu trabalho, porque neste caso, a avaliação da Gestão é de que o tem feito de acordo com as expectativas de quando foi contratado.
Por fim, vale esclarecer que esta publicação não visa qualquer briga ou intriga com Juca Kfouri. Já dissemos e repetimos o respeito que o clube tem pela carreira e atuação do jornalista. Neste caso, contudo, se equivocou. Isso pode acontecer com todos os profissionais. Nos sentimos, no entanto, no dever do esclarecimento, convidando, inclusive, o jornalista a nos consultar quando quiser apurar qualquer assunto para publicações futuras.