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A conquista do Torneio Rio-São Paulo de 2001 – SPFC

07/03/2018
in São Paulo FC

Até o dia 7 de março de 2001, há 17 anos, o Torneio Rio-São Paulo era sinônimo de leve frustração para os são-paulinos. Em 21 participações, o máximo posto obtido fora o segundo lugar em quatro ocasiões (1933, a única edição nos anos trinta, 1962, 1965 e 1998 – em 2002 foi, novamente, vice-campeão). Mais do que o simples baixo desempenho – explicado pelo fato da competição ter existido, basicamente, durante o difícil período de construção do Estádio do Morumbi – tudo parecia acompanhado por altas doses de azar ou ironias do destino.

Exemplo disto é que, em 1949, disputou-se um torneio que ressuscitaria o RJ-SP em 1950, o chamado “Torneio Relâmpago – Taça R. Monteiro”, onde os quatro grandes de São Paulo enfrentaram Botafogo e Fluminense, do Rio de Janeiro. O São Paulo foi declarado campeão, embora – por falta de datas – não tenha ocorrido a última partida do certame.

Posteriormente, esse novo torneio interestadual seria batizado com o nome do ex-goleiro e ex-presidente do São Paulo, Roberto Gomes Pedroza, depois do falecimento dele em 1954. Nem com esta homenagem póstuma o Tricolor passou a ter melhor sorte na competição. De 1950 a 1966, até a Portuguesa ganharia a Taça por duas vezes (1952 e 1955), e pior, no único ano em que não foi realizado, o São Paulo vencera a competição similar disputada em seu lugar: Em 1956 o Torneio Roberto Gomes Pedroza teve duas fases, a internacional – vencida pelo Santos –, e a nacional, a qual os clubes do Rio de Janeiro desistiram de participar.

rgp

Ainda que oficialmente o São Paulo tenha vencido a mesma competição dos anos anteriores (Era o mesmo torneio, com o mesmo nome e a com a mesma taça em disputa), não é possível afirmar que era um Rio-São Paulo sem os clubes do Rio, não é mesmo? Vida seguiu e em 1967 o torneio entre clubes de dois estados se expandiu com convites a algumas equipes de outros pontos do Brasil. Passou a ser conhecido como Taça de Prata, mas tecnicamente continuava sendo o mesmo torneio, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (Daí Robertão).   

Logo abandonado – substituído por um verdadeiro campeonato nacional, em 1971 – a competição só voltou à disputa nos anos 90. Em 1993 (sem a participação do São Paulo, então sem data alguma disponível para disputar mais outro título) falhou, mas em 1997 reviveu em sua fase definitiva e derradeira. O Tricolor bateu na trave no ano seguinte, e em 1999 e 2000 caiu nas semifinais. 2001 foi diferente. Tinha que ser…

O regulamento previa três fases distintas (primeira, semifinais e finais). No início: dois grupos: um com times do Rio, outro com times de São Paulo. Seriam somente quatro partidas, onde as equipes de um grupo enfrentariam as do outro, classificando-se para as semifinais as duas melhores colocadas ao fim. O Tricolor não andava muito bem das pernas, financeiramente falando – seus melhores jogadores haviam sido vendidos ao exterior para sanar as contas. Nomes como Marcelinho Paraíba, Edu, Fábio Aurélio e outras promessas.

camisa(Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net)

Tal situação se agravaria até o final do torneio, pois a patrocinadora de camisa encerraria seu vínculo com o clube (o que proporcionou a peculiar e rara camisa da partida decisiva, com um patrocínio de um único jogo). A aposta, então, foi nas jovens promessas que, em 2000, conquistaram a Copa São Paulo de Juniores.

Na primeira fase, a irregularidade deu o tom. Vitórias de 2 a 0 contra Vasco e Flamengo, na primeira e última rodada, empate em 1 a 1 com o Botafogo, em casa, pela terceira, e a sofrível derrota por 5 a 2 para o Fluminense, em Niterói, com três jogadores do Tricolor Paulista expulsos (Rogério Pinheiro, Gustavo Nery, Wilson).

A desforra veio nas semifinais. Classificando-se em segundo no grupo paulista, com sete pontos (e atrás do Santos, com 10), enfrentou o mesmo Fluminense, então campeão invicto do grupo carioca, com oito pontos – três a mais que o segundo colocado, Botafogo. Na partida de ida, no Morumbi, o São Paulo saiu na frente no mata-mata graças a um gol de França, aos 23 minutos da etapa final.

estadao(O Estado de S. Paulo de 15 de fevereiro de 2001. Foto: J.F. Diório/AE)

O placar do jogo de ida, apertado, não garantiu tranquilidade ao Tricolor para a partida seguinte. Pelo contrário, a disputa foi dramática. Os cariocas sairam na frente no Maracanã, com Marco Brito, de cabeça, no começo do segundo tempo e ampliaram poucos minutos depois, com o mesmo Brito. Aos 15 minutos, França, salvador, descontou e manteve o São Paulo na luta. O tempo regulamentar acabou assim. 

Com 1 a 0 a favor e 1 a 2 contra, tudo ficou a cargo, então, de pênaltis – gol marcado fora de casa não era critério de desempate e não houve prorrogação. Rogério Ceni, que já exibira uma de suas melhores partidas com a camisa do São Paulo no tempo normal desse jogo, se consagrou mais uma vez na marca da cal naquelas cobranças alternadas. Três pênaltis defendidos (de Roni, César e Jorginho) e 7 a 6 no placar final para o São Paulo!

Surpreendentemente, na outra chave, o invicto Santos tombou frente ao Botafogo. A final, então, foi contra o time da Estrela Solitária, o mesmo que vencera o Tricolor em 1962 e 1998 e havia um grande desfalque nas linhas são-paulinas: Rogério Ceni fora convocado para a Seleção Brasileira. A primeira partida, no Maracanã, só emplacou no segundo tempo, onde o Luís Fabiano, duas vezes, Carlos Miguel e França definiram o jogo e, praticamente, o título: 4 a 1.

morumbi(Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net)

No jogo de volta, 7 de março, 71.668 pessoas em um Morumbi eufórico viram a explosão de uma supernova. Ou seja, o nascimento de uma estrela. A partida corria equilibrada, após início sob pressão do Botafogo. Temiam que o São Paulo “entrasse de salto alto” e acabasse por estragar uma conquista praticamente vencida. E o temor se fez presente quando ao fim do primeiro tempo os alvinegros abriram o placar, com gol de Donizete.

Segundo tempo, quinze minutos: um garoto com o número 30 às costas entra em campo, sem chamar lá grande atenção. Vinte minutos depois, o franzino rapaz recebe a bola, dribla o adversário e chuta na saída do goleiro. Gol de empate! O primeiro gol de Cacá – futuramente Kaká – com a camisa do São Paulo. Não bastava para a consagração. Veio então o segundo poucos minutos depois, e o grito de “Campeão!” enfim desentalava-se da garganta do torcedor tricolor.

São Paulo Futebol Clube, Campeão do Torneio Rio-São Paulo de 2001. Agora sim a competição poderia se extinguir de vez. E isto não tardou a acontecer… 

botafogo

 

O JOGO DECISIVO

07.03.2001São Paulo (SP)Estádio Cícero Pompeu de Toledo (Morumbi)

SÃO PAULO Futebol Clube 2 X 1 BOTAFOGO de Futebol e Regatas

SPFC: Roger; Jean, Wilson e Rogério Pinheiro (capitão); Belletti (Reginaldo Araújo), Fabiano (Kaká), Claudio Maldonado, Carlos Miguel (Julio Baptista) e Gustavo Nery; França e Luís Fabiano. Técnico: Oswaldo AlvarezGols: Kaká, 34′/2; Kaká, 37′/2.

BFR: Wagner; Dênis, Valdson e Júnior; Fábio Augusto, Reidner, Alexandre Gaúcho (Souza) e Augusto; Donizete, Taílson (Daniel) e Rodrigo). Técnico: Sebastião Lazaroni.Gols: Donizete, 39′/1.

Árbitro: Jorge Fernando RabelloRenda: R$ 620.695,00Público: 71.668 pagantes

2001c

 

A CAMPANHA

Primeira Fase 17.01.2001 – 2 X 0 – Club de Regatas VASCO DA GAMA (RJ)25.01.2001 – 2 X 5 – FLUMINENSE Football Club (RJ)01.02.2001 – 1 X 1 – BOTAFOGO de Futebol e Regatas (RJ)07.02.2001 – 2 X 0 – Clube Regatas do FLAMENGO (RJ)

Semifinais14.02.2001 – 1 X 0 – FLUMINENSE Football Club (RJ)21.02.2001 – 1 X 2 – FLUMINENSE Football Club (RJ), 7 X 6 pen.

Finais 28.02.2001 – 4 X 1 – BOTAFOGO de Futebol e Regatas (RJ)07.03.2001 – 2 X 1 – BOTAFOGO de Futebol e Regatas (RJ)

 

O ELENCO CAMPEÃO

JOGADOR
P
J
V
E
D
GM
GS

França
AT
8
5
1
2
6
0

Belletti
LD
8
5
1
2
0
0

Rogério Pinheiro
ZG
7
5
0
2
0
0

Fabiano
VL
7
4
1
2
1
0

Wilson
ZG
7
5
0
2
0
0

Gustavo Nery
LE
7
5
0
2
1
0

Rogério Ceni
GL
6
3
1
2
0
8

Reginaldo Araújo
LD
6
4
1
1
0
0

Renatinho
AT
6
4
1
1
0
0

Jean
ZG
5
2
1
2
0
0

Kaká
MC
5
4
1
0
2
0

Alexandre
VL
4
3
0
1
0
0

Carlos Miguel
MC
4
3
0
1
1
0

Fábio Simplício
VL
4
1
1
2
0
0

Ilan
AT
4
1
1
2
1
0

Reginaldo
ZG
4
2
1
1
0
0

Sidney
VL
3
1
1
1
1
0

Roger
GL
2
2
0
0
0
2

Souza
MC
2
2
0
0
0
0

Sandro Hiroshi
AT
2
1
0
1
0
0

Maldonado
VL
2
2
0
0
0
0

Harison
MC
2
1
1
0
0
0

Oliveira
AT
2
1
0
1
0
0

Luís Fabiano
AT
2
2
0
0
2
0

Júlio Baptista
MC
1
1
0
0
0
0

Alemão
LE
1
0
1
0
0
0

 

A CLASSIFICAÇÃO FINAL

C. 
CLUBE
PG
J
V
E
D
GM
GS
SG

1º
São Paulo FC (SP)
16
8
5
1
2
15
10
5

2º
Botafogo FR (RJ)
9
8
2
3
3
12
16
-4

3º
Santos FC (SP)
11
6
3
2
1
13
5
8

4º
Fluminense FC (RJ)
11
6
3
2
1
13
8
5

5º
SC Corinthians P (SP)
5
4
1
2
1
8
8
0

6º
SE Palmeiras (SP)
4
4
1
1
2
3
6
-3

7º
CR Vasco da Gama (RJ)
4
4
1
1
2
1
5
-4

8º
CR Flamengo (RJ)
0
4
0
0
4
3
10
-7

16

Fonte: www.saopaulofc.net/noticias/noticias/historia/2018/3/7/a-conquista-do-torneio-rio-sao-paulo-de-2001

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