De Michel Temer, em entrevista ao jornal chileno “La Tercera”:
“Meu maior acerto foi retomar o diálogo que havia sido interrompido com o Congresso e aprovar algumas reformas fundamentais, começando pelo ajuste nas contas promovido pela emenda que estabeleceu o teto de gastos públicos. Então, fizemos a reforma do ensino médio, paralisada por décadas, aprovamos a nova lei trabalhista, modernizando a legislação de quase 80 anos. Nós fizemos isso mantendo intacta a nossa rede milionária de proteção social. Então, em um resumo do meu governo, gostaria de destacar estas palavras: diálogo, responsabilidade fiscal e social.
O que está pendente é a reforma da Previdência. Não desistimos dela; foi suspensa devido à intervenção no Rio. Nossa Constituição não permite votar reformas no período de intervenção. Mas vamos voltar a isso na primeira oportunidade. A reforma da Previdência acaba com os privilégios, estabelecendo a igualdade entre os valores das aposentadorias dos setores público e privado.”
O presidente também destacou que a economia brasileira está melhorando, que o país saiu da pior recessão de sua história, marcada por um recuo de 8,6% do PIB em 11 trimestres. Citou indicadores como a inflação e as taxas de juros, que tiveram quedas recordes no ano passado, e afirmou que o PIB vai crescer em torno de 3% em 2018.