A história está escrita. Na tarde deste domingo (11), os mais de 40 mil presentes no Beira-Rio e outros milhares de torcedores que acompanharam o Gre-Nal 413 viram o primeiro clássico com Árbitro de Vídeo do futebol brasileiro. A experiência com a ferramenta foi avaliada de forma positiva pelos seus operadores.
No campo, Jean Pierre Lima, depois o substituto Jonathan Pinheiro, e os assistentes, Rafael da Silva Alves e Lúcio Flor, comunicaram-se com a cabine. Nela estavam presentes Rafael Traci, como Árbitro de Vídeo, e Ivan Carlos Bohn, como Árbitro Assistente de Vídeo, além do supervisor Manoel Serapião. Todos concordam que, quando a bola rolou, os atletas colocaram em prática o que foi passado nas palestras em cada clube e contribuíram para o melhor andamento da partida.
– Tudo foi plenamente satisfatório. Ainda podemos fazer alguns ajustes. No futuro as câmeras podem ser ajustadas especificamente para o Árbitro de Vídeo e não para a transmissão. Mas hoje tudo nos satisfez e a gente se valeu disto. No lance do pênalti marcado, por exemplo, vimos pela câmera 1, pela 7, pela invertida e pela câmera 5 para constatarmos que realmente a falta aconteceu dentro da área. Então, vejo que foi tudo bem e o protocolo foi seguido da forma como deveria ser – afirmou.
Mesmo sem nenhuma mudança de decisão tomada no campo, Rafael Traci revisou alguns lances e conversou com os árbitros do clássico entre Internacional e Grêmio. Para ele, a comunicação com os parceiros do gramado foi perfeita.
– A gente espera que o VAR não precise atuar, mas estamos preparados para quando for necessário intervir. Fizemos um treinamento bem completo e, aqui neste jogo oficial, conseguimos colocar em prática tudo o que foi passado no curso de capacitação. O clássico é sempre mais quente, a gente sabe que pode ocasionar mais lances de revisões, então falamos com a equipe de campo algumas vezes e correu tudo como o planejado – acrescentou.
Assim como Rafael Traci, Ivan Bohn também realizou o curso de capacitação da CBF para o Árbitro de Vídeo em setembro do ano passado, na cidade de Águas de Lindóia (SP). Para Bohn, toda esta preparação fez com que a dupla chegasse para o Gre-Nal com confiança.
– Houve um treinamento bom ano passado, mas é novidade para a gente ainda. Viemos focados para o jogo, sabendo do grau de dificuldade por ser um clássico, um dos mais disputados do Brasil, e devido ao treinamento que fizemos ano passado, chegamos seguros para atuarmos hoje. Nos primeiros minutos houve uma dificuldade com o operador, mas com o passar do tempo ficamos muito tranquilos e bem seguros – finalizou.