Nesta quarta, o Flamengo tem mais um capítulo no Equador, onde enfrentará o Emelec, pela segunda rodada da Conmebol Libertadores. O Equador não é um país que o Flamengo visitou bastante em sua história. Basicamente, foram jogos contra o Emelec e o Barcelona, os dois principais times de Guaiaquil. Quito, a capital, só viu o Flamengo duas vezes. Mas não foram só jogos contra equipes do país. Já enfrentamos (e ganhamos) de colombianos e até de brasileiros. Confira a lista abaixo e saiba um pouco mais de nossa história no Equador. 1. Na linha que divide o mundoDesde a primeira vez, em 1952, foram apenas 10 jogos, com ótimo retrospecto de seis vitórias, dois empates e duas derrotas. E o jogo de “estreia” no país não foi exatamente contra um time local. Em 29/06/1952, o Flamengo encarou o Boca Juniors de Cali. Sim, de Cali, Colômbia. Se não fossem a cor, o escudo e o nome, ninguém suspeitaria de nenhuma semelhança com o primo argentino. Na verdade, o BJ de Cali foi, sim, criado em homenagem ao time da Bombonera. E neste dia, o Flamengo não quis nem saber. Jogando na altitude de Quito, Benitez (2), Huguinho, Nestor (2) e Esquerdinha deram a vitória ao escrete comandado por Flávio Costa, por 6 a 3. Bienvenidos al Ecuador. 2. Gol no Barcelona Três dias depois, o Mengão desceu a serra para encarar o Barcelona, o “Flamengo” do Equador, já que sua torcida é esmagadora maioria no país. Mas Flamengo só tem um. Jogando no estádio George Capwell, palco do jogo de hoje, vitória carioca por 3 a 1, com gols de Huguinho Nestor e Dequinha. Excursão terminada com sucesso em terras equatorianas. 3. Vamos invadir sua praia? Em 1966 o Flamengo voltou ao Equador e a Guaiaquil para novo torneio amistoso. Dessa vez com Barcelona, com quem empatou em 1 a 1, mas levou nos pênaltis, e com o Corinthians. Sim, o clássico brasileiro definiu o torneio e deu Flamengo. No estádio Nacional de Guayaquil, vitória por 2 a 0, gols de Paulo Alves e Almir Pernambuquinho, e mais uma excursão local fechada com sucesso. 4. Los electricos O Emelec é o adversário que o Flamengo mais enfrentou no Equador. Contando amistosos e jogos oficiais, foram cinco encontros. Três vitórias, um empate e uma derrota na casa deles. No George Capwell, apenas duas partidas, uma vitória e um empate. No último jogo, válido pela Libertadores de 2014, vitória rubro-negra por 2 a 1, gols de Alessandro e Paulinho.Dois nomes do elenco atual estavam naquela partida. Everton formava a linha de frente com os autores dos gols, enquanto Jayme de Almeida (hoje auxiliar) era o técnico do time. 5. Caldeirão? O George Capwell é a casa do Emelec, com capacidade pra 40 mil torcedores. Muito provavelmente terá algo perto disso esta noite. É um estádio vertical e com a torcida muito (muito mesmo) perto do campo. E recentemente o Emelec tem sido bem feliz em sua casa. Não perde desde julho de 2017, quando foi derrotado pelo San Lorenzo por 2 a 1. Desde então, 16 jogos, 15 vitórias e um empate. Para o Flamengo, é um estádio neutro. Uma vitória e uma derrota jogando lá, ambas pela Conmebol Libertadores, com quatro gols pró e quatro contra. Ou seja, tudo igual.6. Os fazedores de golOs jogos do Flamengo no Equador foram mais nas décadas de 1950 e 1960. Por isso, a lista de goleadores tem mais nomes destas épocas. E quem brilha entre os artilheiros do Mais Querido no país é Paulo Alves, conhecido como Paulo Choco. Bicampeão carioca no Mengão, em 1963 e 1965, Choco marcou três vezes contra o Emelec e uma contra o Corinthians. 7. Veterano do FlamengoEm 2014, na vitória sobre o Emelec por 2 a 1, Everton estava no time, jogando na ponta esquerda, com Paulinho e Alecsandro no ataque. Hoje, o camisa 22 reencontrará o palco daquela partida. Atrás apenas de Juan e Julio Cesar em partidas disputadas pelo Flamengo, Everton tem 260 jogos, sendo 11 na Libertadores. 8. Carpegiani no BarcelonaO técnico do atual elenco rubro-negro, Paulo Cesar Carpegiani, já trabalhou no Equador, mais precisamente no maior rival do Emelec. Por três meses, Carpegiani ficou no comando do Barcelona, entrando no lugar de Jorge Habbeger, argentino que não primava pela educação e trato com os atletas. Porém, com boicote de alguns jogadores, principalmente de outro argentino, Rubén Insúa, o tempo em Guayaquil foi pouco. Curiosamente, ao sair, o treinador deixou o cargo para… Jorge Habbeger.
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