VERGONHA? Bebeto de Freitas ‘nunca deixou de chorar’ (Foto: Reprodução/Fox Sports)
Carlos Eduardo Sangenetto
14/03/2018
Rio de Janeiro (RJ)
Uma das principais características de Bebeto de Freitas enquanto presidente era defender a instituição Botafogo a todo custo. Se desse na telha de “interromper” programa de televisão ao vivo ou aparecer em uma coletiva de imprensa, lá estava ele para dar a cara à tapa como dirigente máximo do clube.
Foi assim no polêmico caso do doping do atacante Dodô, em 2007, e no famoso episódio denominado como “chororô”, no ano seguinte. Após a final da Taça Guanabara de 2008, Bebeto, Cuca e jogadores foram à coletiva de imprensa no Maracanã e demonstraram insatisfação com a arbitragem no clássico vencido pelo Flamengo (2 a 1).
Seis anos depois, em entrevista ao jornalista Renato Maurício Prado, no programa “A Última Palavra”, do canal Fox Sports, o ex-líder de General Severiano, que faleceu na tarde desta terça-feira aos 68 anos, disse que nunca se envergonhou da atitude tomada naquela noite de domingo, utilizada até hoje como zoação pelos rivais.
– Se tem uma coisa que eu nunca me envergonhei é de chorar. Enquanto eu me indignar ainda com as coisas, eu tenho esse direito. Eu não tenho nenhum problema quanto a isso. Difícil é você chegar no vestiário e ver gente séria chorando, revoltada, chutando e subindo para pegar juiz. Se você vive esse drama, você passa a conviver com isso. Eu sou uma pessoa indignada. Eu choro de raiva, choro de alegria, nunca deixei de chorar nos meus momentos mais importantes. Não me envergonho em absolutamente nada – declarou Bebeto em 31 de março de 2014.