Há exato um mês, vestindo a camisa alvinegra, Alberto Valentim era apresentado no Nilton Santos, ao lado do presidente Nelson Mufarrej, como novo técnico do Botafogo. Plano B da diretoria, que tentou fechar com Cuca antes, ele chegou para recuperar uma terra que estava arrasada, após crise gerada pela eliminação na primeira fase da Copa do Brasil e derrota na semifinal da Taça Guanabara, por 3 a 1, para o Flamengo.
Desde então, são cinco jogos sob o comando de Alberto Valentim e aproveitamento de 66.7%, em uma campanha de três vitórias, um empate e uma derrota, no clássico contra o Flamengo. Em um mês, o treinador ainda está implementando seu estilo no clube, mas algumas mudanças já podem ser percebidas em relação ao time que disputou o primeiro mês de temporada, durante a passagem de Felipe Conceição.
Para começar, Alberto Valentim fez reformulação na equipe titular e pediu reforços. Desde a chegada do técnico, o goleiro Gatito, o zagueiro Marcelo, os laterais Marcinho e Moisés, o volante Rodrigo Lindoso, e os atacantes Ezequiel e Kieza se firmaram no onze inicial. O treinador barrou a dupla Gilson e Arnaldo, que vinha sendo criticada pelos torcedores no início da temporada.
Os números mostram evolução do Botafogo a partir da mudança de treinadores. Se comparar os cinco jogos que o Alvinegro disputou na Taça Guanabara – não será contabilizada a semifinal – com Felipe Conceição e com Alberto Valentim, na Taça Rio, as estatísticas do Footstats irão mostrar que a equipe melhorou o rendimento nos passes e nas finalizações, por exemplo.
Com Conceição, o Botafogo só trocou mais de 400 passes certos em uma partida, contra a Portuguesa, na estreia do Estadual. Já com Alberto Valentim, o time sempre se manteve próximo a essa média. O jogo com menor número de passes certos foi diante do Bangu, com 397. Apesar de ter mais a bola atualmente, antes o Alvinegro errava mais toques. A média de erros com Felipe Conceição era de 40,2 passes por jogo. Com Valentim é de 32,2.
No quesito finalização a gol, os números também melhoraram no segundo turno do Campeonato Carioca. Na Taça Guanabara, o Botafogo tinha média de 11,6 chutes por partida. Agora, são 16. Já na marcação, com time mais compacto, outra evolução é perceptível: 67 desarmes na Taça Rio, contra 59 na fase anterior.
No próximo domingo (18), Alberto Valentim terá a chance de confirmar que está levando o Botafogo ao caminho certo e conseguir um feito que Felipe Conceição não alcançou: vencer um clássico. Pela última rodada da Taça Rio, o Glorioso pega o Vasco, às 16h (de Brasília), no Nilton Santos. A partida é fundamental para as pretensões do clube no Estadual. Embora já tenha um ponto a mais em relação a campanha da Taça Guanabara, a equipe está fora da zona de classificação para a semifinal do segundo turno e depende de um resultado positivo.
Fonte: Esporte Interativo