terça-feira, 15 julho, 2025
No Result
View All Result
Folha Nobre
  • Todas Notícias
  • Rondônia
  • PodCast
  • Expediente
Folha Nobre
No Result
View All Result
Folha Nobre
No Result
View All Result

Deputados reclamam de taxa cobrada em convênios financiados com emendas

27/03/2018
in Política

Geraldo Magela/Agência Senado
Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO). À mesa, senador Pedro Chaves (PRB MS); presidente da CMO, senador Dário Berger (PMDB SC). Em pronunciamento, à bancada, deputado Domingos Sávio (PSDB MG).
O senador Dário Berger preside a reunião da Comissão Mista de Orçamento

A decisão do governo de elevar as taxas de administração cobradas das prefeituras pelos convênios firmados com os ministérios e financiados com recursos de emendas parlamentares foi criticada nesta terça-feira (27) na Comissão Mista de Orçamento (CMO). A taxa é transferida para a Caixa Econômica Federal, responsável pela execução dos convênios em nome da União.

O alerta partiu do deputado Bohn Gass (PT-RS), que fez um discurso contra a iniciativa do governo e teve o apoio dos parlamentares presentes à última reunião da atual composição do colegiado. Deputados e senadores estavam reunido para votar a Medida Provisória 823/18 – o que não aconteceu por falta de quórum. A CMO é renovada todos os anos em março.

Segundo Bohn Gass, a taxa de administração passou de 2,5% sobre o valor de cada emenda individual, praticados nos últimos anos, para um percentual variável que pode ultrapassar os 10%. “Nós temos que tomar uma atitude, isso não pode acontecer”, criticou.

O gabinete do deputado fez duas simulações para apontar a diferença. Para uma emenda de R$ 100 mil, restaram pouco mais de R$ 88 mil para aplicação pelo município.

Para uma de R$ 250 mil (piso das emendas que destinam recursos para obras e serviços de engenharia), restaram, após a taxa, R$ 222,9 mil. Até o ano passado, a taxa reduziria o montante de financiamento para R$ 243,7 mil.

Viola Jr.
Deputado Bohn Gass (PT RS)
O deputado Bohn Gass

Bohn Gass questionou também a legalidade do instrumento que permitiu a elevação da taxa (Instrução Normativa 2/18, do Ministério do Planejamento). Para o deputado, a instrução desrespeita a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

A insatisfação também chegou ao Plenário da Câmara. O deputado Nilson Leitão (PSDB-MT) lembrou que no ano passado a Caixa destinou mais de R$ 100 milhões para patrocínios de clubes de futebol. “Não pode dar R$ 100 milhões para o futebol profissional, dizendo que é do lucro do banco, e descontar 10% da emenda para atender uma rua, um asfalto de município ou um equipamento”, disse.

Em resposta, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que vai tratar do assunto com o presidente do banco, Gilberto Occhi. “A Caixa deu lucro histórico no ano passado, mais de R$ 12 bilhões, tem margem para não precisar cobrar de quem não tem, que são os municípios que vão atender a ponta”, afirmou.

Apoio fiscal
Durante a reunião da Comissão Mista de Orçamento, o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG) também criticou a mudança. Para ele, o governo está praticando “agiotagem” com os recursos das emendas parlamentares destinados às pequenas cidades.

Segundo o parlamentar, as emendas têm papel relevante em um momento de crise fiscal, como o atual. “A emenda nada mais é do que uma demanda feita pela sociedade”, disse. “Estamos falando de dinheiro para chegar na ponta, para salvar situações emergenciais.”

Já a deputada Laura Carneiro (DEM-RJ) criticou o fato de a taxa ser maior sobre os convênios de menor valor. “Não tem nenhum sentido social nessa medida”, disse.

Bohn Gass cobrou a aprovação de um projeto de decreto legislativo sustando a instrução normativa. O presidente da Comissão Mista de Orçamento, senador Dário Berger (PMDB-SC), também contrário ao aumento da taxa, apoiou a ideia sugeriu que consultores do Congresso analisem a possibilidade.

Divulgação/Prefeitura de São Paulo
Transporte   Estradas e ruas   Manutenção do asfalto
Deputados se queixam do menor valor disponível para obras nos municípios

Berger propôs ainda outras duas medidas. A primeira é um ofício direcionado ao presidente Michel Temer, alertando sobre as consequências da instrução normativa para os municípios. A CMO também poderá solicitar ao Tribunal de Contas da União que analise a legalidade da taxação. “A Caixa pode estar agindo sem o respaldo da LDO”, disse.

Sistemas
O Orçamento deste ano destinou para cada deputado e senador o valor global de R$ 14,8 milhões em emendas individuais, para execução obrigatória. Pelas regras atuais, o parlamentar cadastra a emenda em um ambiente eletrônico chamado de Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop), do Ministério do Planejamento, incluindo o CNPJ da prefeitura a ser beneficiada e o montante a ser destinado ao convênio.

Com base nisso, os ministérios buscam os CNPJ e os vinculam aos programas ministeriais indicados pelos deputados ou senadores, usando outra plataforma – o Portal dos Convênios (Siconv), que também é utilizado pelas prefeituras para cadastrar os seus projetos. É neste momento que aparece o valor de repasse descontado da taxa de administração.

Segundo o governo, a Instrução Normativa 2/18 é o novo marco legal da governança das obras executadas por meio de convênios. A norma deve ser seguida pelas instituições financeiras credenciadas como mandatárias da União para o acompanhamento de obras públicas. Até o momento, a Caixa é a única autorizada.

Fonte: www2.camara.gov.br/camaranoticias/noticias/CIDADES/555166-DEPUTADOS-RECLAMAM-DE-TAXA-COBRADA-EM-CONVENIOS-FINANCIADOS-COM-EMENDAS.html

Podcast

Folha Nobre - Desde 2013 - ©

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In

Add New Playlist

No Result
View All Result
  • Todas Notícias
  • Rondônia
  • PodCast
  • Expediente

Folha Nobre - Desde 2013 - ©

Este site usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso de cookies. Visite a página Política de Privacidade.