Meia também falou sobre expectativa de ser titular, do espírito brigador do time e rebateu emissora que colocou o Palmeiras como campeão.
Candidato a herdar a vaga de Felipe Melo para a segunda partida da final do Paulistão contra o Corinthians, o meia Moisés concedeu entrevista coletiva antes do treino de segunda-feira para falar da importância da semana do Verdão; antes de disputar o título no domingo, a equipe receberá o Alianza Lima pela Libertadores.
O camisa 10 ressaltou a importância do duelo desta terça-feira contra o time peruano, mas admitiu que será difícil “esquecer” completamente o clássico.
“Não tem como. É uma final que estamos disputando. Se falar que esqueci totalmente o jogo para pensar na Libertadores, estarei mentindo. Sabemos que o jogo contra o Alianza Lima é importante. E deixamos claro no começo do ano que não priorizaríamos competições. Claro que quando você começa a se preparar, a gente deixa um pouco de lado o pensamento na final e foca no Alianza Lima. Isso não é problema nenhum” disse o jogador.
Em seguida Moisés falou da agenda apertada, só com partidas decisivas: “Realmente é uma sequência pesada de jogos, um desgaste muito grande, mas prefiro estar nessa sequência, vivendo isso. Outros clubes gostariam de estar nessa situação. Mas o certo seria ter um período maior para se preparar para jogos decisivos. Temos que entender, faz parte do calendário. Mas o Palmeiras, pensando nisso, montou um elenco muito qualificado e temos que colocar à prova em momentos assim” argumentou.
Confira abaixo outros trechos da entrevista de Moisés:
Mais feliz ou cansado?
Mais feliz. Sem dúvida pelo nosso momento, não porque vencemos o primeiro jogo na final, mas a gente fica feliz e realizado porque estamos conseguindo implementar nos jogos o que a gente treina. Estamos muito felizes, mas ao mesmo tempo, quem está jogando mais, está mais desgastado. É normal. Vamos ter tempo para recuperar. Depois desse jogo serão 4 dias para a final.
Jogo feio/duro no sábado?
Vai de jogo pra jogo. Não entramos achando que seria dessa forma, mas o jogo tomou essa proporção. Se você não entra no clima, o adversário passa por cima. Jogamos da forma que o jogo pediu. Não dá pra comparar com outras finais. No Rio, por exemplo, não há o peso de uma conquista. Consequentemente o jogo se torna mais leve. Aqui em São Paulo é uma final que não acontecia há muitos anos. Tudo isso torna mais duro, com menos possibilidades. Você tem que pensar no resultado.
Era melhor não ter jogo no meio da semana?
Sinceramente? Não sei te falar. Se não tivesse esse jogo, claro que seria melhor para descansar, mas pensaríamos 7 dias seguidos só na final. Tendo esse jogo agora você esquece um pouco a final e a partir de quarta-feira volta a pensar na decisão. Não sei te falar se seria melhor não ter esse jogo. Mas é bom ter o jogo. A semana fica mais curta.
Time misto na Libertadores?
Então, eu acredito que talvez tenham algumas mudanças, ainda não treinamos, mas pelo desgaste, muitos jogos decisivos, consequentemente talvez tire um ou outro. Vai depender da avaliação da fisiologia. Mas como falei, o Palmeiras tem um grupo qualificado e se precisar tirar alguém quem entrar dará conta do recado.
Primeiro ou segundo volante?
São duas funções parecidas. Tenho total tranquilidade para desempenhar qualquer uma delas, mas não sei se vou jogar. Se o Roger falar que vou jogar, seria mais preciso. Por enquanto é mais expectativa. Estou pronto. Estou esperando esse momento. Se acontecer espero representar da melhor forma possível junto dos meus companheiros.
Palmeiras brigador:
Nosso time começou a trazer esse espírito há alguns jogos, ser mais brigador, porque qualidade técnica nosso time é evoluído, então precisávamos desse algo a mais. Implementamos esse estilo de jogo e temos de carregar independente da competição ou do adversário.
Band fez pôster de “Palmeiras Campeão”.
Eu particularmente não vi. Se fizeram isso, eles deveriam fazer porque fizeram isso. Vi todas entrevistas pós-jogo e nenhum jogador do Palmeiras deu como ganho. Sabemos que tem mais 90 minutos. E temos um exemplo muito recente contra o Santos, quando vencemos como visitantes e perdemos como mandantes. Jamais partiu do Palmeiras essa soberba.