O Palmeiras iniciou o jogo literalmente colocando a vantagem obtida em Itaquera a perder: logo no primeiro minuto Antônio Carlos vacilou feio na marcação de Matheus Vital, que entrou na área e tocou para Rodriguinho bater de primeira, fraco; seria fácil para Jailson se Victor Luis não desviasse de cabeça: 1 a 0.
A resposta do Verdão foi rápida, mas o gol anotado por Willian aos 6 minutos após levantamento na área foi corretamente anulado por impedimento. Aos 8 Marcos Rocha cobrou lateral na área, Cássio falhou e Borja desviou rente à trave. Aos 11 Dudu enfiou para Willian bater forte, rasteiro, para fora.
Só dava Palmeiras, mas o time falhava na finalização. Aos 15 minutos Lucas Lima experimentou um chute da entrada da área, nas mãos de Cássio. Aos 20 Marcos Rocha achou Moisés livre na meia-lua, mas o camisa 10 isolou. Aos 21 o retrato da afobação alviverde: mesmo desequilibrado, Bruno Henrique finalizou, e obviamente errou por muito o alvo.
Com o rival todo atrás da linha da bola, aos poucos o time de Roger Machado foi encontrando cada vez mais dificuldade para chegar perto do gol. Aos 31 minutos Dudu cruzou e Henrique desviou contra a própria meta, mas Cássio estava atento. Aos 32 Borja foi puxado por Ralf dentro da área mas o árbitro mandou seguir. Aos 33 minutos Dudu deu bom passe para Marcos Rocha bater forte; Cássio mandou para escateio que não resultou em nada.
Aos 36 Borja e Lucas Lima inverteram as funções: o camisa 9 levantou sob medida para o meia, que ao invés de atacar a bola para concluir a gol, ficou esperando, dando chance a Fagner se antecipar e evitar o empate. Na cobrança de escanteio executado pelo próprio Lucas Lima, Borja ganhou da defesa e escorou por cima. Nos últimos 10 minutos da etapa inicial o rival soube administrar a vantagem sem correr perigo.
Com Keno no lugar de William, o Palmeiras voltou para o segundo tempo tentando manter o controle emocional. As duas primeiras investidas foram em cobranças de escanteio aos 3 e 5; na primeira Thiago Martins escorou por cima, na segunda Antônio Carlos dividiu com Henrique e também viu a bola sair (seria outro escanteio, mas o juiz não “viu”).
Com a bola no chão, a primeira chance surgiu aos 7 minutos: Keno invadiu a área pela esquerda e tentou um cruzamento por baixo, mas Cássio interceptou. No escanteio nada aconteceu. Aos 11 Bruno Henrique recebeu de Moisés e bateu com perigo, rente ao travessão.
Aos 26 minutos o lance que deixou claro que o Palmeiras não tinha como adversário o Corinthians na final, e sim todo esquema que envolve o rival: Ralf fez pênalti em Dudu e o árbitro assinalou. Imediatamente, sem replay, o comentarista da RGT disse que não houve a penalidade. Misteriosamente no minuto seguinte o quarto árbitro aconselhou o juiz a anular. O que foi feito.
O serviço estava feito. Depois disso o Verdão não reuniu mais condições emocionais para tentar novo empate e nos pênaltis o rival (sem ajuda de juiz ou TV) teve um aproveitamento melhor. RGT e FPF: campeãs paulista 2018.
Na quarta-feira (11/04), às 21h45, o Palmeiras recebe outro time historicamente favorecido pelo apito, o Boca Juniors. Preparem-se: vem mais assalto por aí…
Ficha técnica:
Palmeiras: Jailson; Marcos Rocha, Antônio Carlos, Thiago Martins e Victor Luis; Bruno Henrique (Thiago Santos), Moisés e Lucas Lima; Dudu, Borja (Deyverson) e Willian (Keno)
Técnico: Roger Machado
FPF/RGT: Cássio; Fagner, Balbuena, Henrique e Sidcley; Ralf, Maycon, Romero, Jadson (Emerson Sheik), Rodriguinho (Danilo) e Mateus Vital (Lucca)
Técnico: Fábio Carille
Local: Allianz Parque, São Paulo (SP)
Data: 08/04/2018, domingo
Horário: 16h (de Brasília)
Árbitro: Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza (SP)
Assistentes: Anderson José de Moraes Coelho (SP) e Daniel Paulo Ziolli (SP)
Público: 41.227 pagantes
Renda: R$ 4.001.277,68
Cartões amarelos: Dudu e Moisés (Palmeiras); Cássio, Romero, Fagner, Balbuena e Rodriguinho (Corinthians)
Gol: Rodriguinho, a 1 minuto do primeiro tempo
Nos pênaltis: 3 a 4