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Deputados de partidos ideologicamente contrários ressaltaram as relações entre Brasil e Venezuela para comentar a proposta (PLN 8/18) que retira R$ 1,16 bilhão de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para o pagamento da cobertura das garantias prestadas pela União em operações de seguro de crédito à exportação.
Os governistas apontaram que é preciso aumentar o fundo para quitar dívidas não pagas pelos venezuelanos. “Estou aqui para aprovar um crédito para o qual estão sendo retirados recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador brasileiro para honrar dívidas que a Venezuela não honrou com os bancos nacionais”, disse o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), que criticou governos anteriores por privilegiar o “companheirismo” nas relações internacionais.
O deputado Betinho Gomes (PSDB-PE) afirmou que, caso o País não honre as dívidas, será rebaixado pelas agências de risco internacionais. “Nós precisamos fazer a escolha entre o calote com instituições financeiras internacionais, instituições que, junto com o BNDES, assumiram um financiamento a países alinhados com o governo petista, ou assumir a responsabilidade de honrar seus compromissos”, comentou.
O deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), por outro lado, argumentou que não foi apenas o governo petista que se relacionou com países hoje criticados por questões ideológicas. “Acusam o governo do PT de ser irresponsável. E quando Fernando Henrique emprestou recurso à Venezuela para construção da linha 4 do metrô de Caracas, teria sido o governo do PSDB irresponsável e criminoso por emprestar dinheiro ao governo venezuelano? ”, indagou.
Líder do Psol, o deputado Ivan Valente (SP) afirmou que o saldo de negócios entre Brasil e Venezuela sempre foi positivo. Para ele, a crítica à Venezuela quer desviar a discussão. “Falar da Venezuela e de Moçambique é pouco. Estamos falando em tirar dinheiro do seguro-desemprego, em país que tem 13 milhões de desempregados. Por que não tirar dos juros? Porque existe o teto de gastos”, declarou.
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