Rovena Rosa/Agência Brasil
O edifício Wilton Paes de Almeida era ocupado por 146 famílias de sem-teto
Um requerimento enviado à Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara no mês de abril sugeria uma série de encontros intitulada “Diálogos Sobre Direito à Cidade”, em que ativistas e gestores de organizações da sociedade civil debateriam a fiscalização de políticas públicas sobre moradia e mobilidade.
Mas a tragédia que aconteceu em 1º maio com o desabamento de um prédio de 26 andares no centro de São Paulo atropelou o planejamento inicial. O edifício Wilton Paes de Almeida, de propriedade da União, era ocupado por 146 famílias sem-teto.
Nesta quinta-feira (3), dois integrantes da Comissão de Desenvolvimento Urbano e dois da Comissão de Direitos Humanos fizeram uma visita técnica a São Paulo para falar sobre habitação de interesse social. Os deputados foram à prefeitura e à área onde o prédio caiu. Por telefone, a presidente da Comissão de Desenvolvimento Urbano, deputada Margarida Salomão (PT-MG), relatou como estão os trabalhos.
“Não há mais expectativa de que haja sobreviventes. Então há um esforço da prefeitura hoje para fazer a remoção dos escombros”, disse. A deputada informou qual foi o resultado da conversa entre os quatro parlamentares e o secretário de Habitação da cidade de São Paulo, Fernando Chucre.
Segundo Margarida Salomão, existe um cadastro bastante seguro e preciso com os nomes de todos os moradores do prédio. “Essas pessoas terão uma solução emergencial, que é a concessão de um aluguel social”, disse. Chucre garantiu aos deputados que em 30 dias haverá uma solução permanente para os sem-teto.
Os quatro deputados também visitaram o abrigo provisório das vítimas do acidente com o edifício Wilton Paes de Almeida e estiveram em outra área de São Paulo ocupada por sem-teto.