Eduardo Lopes (PRB-RJ) voltou a cobrar ajustes urgentes na intervenção federal sobre a segurança pública do estado do Rio de Janeiro. Em pronunciamento na quarta-feira (9), o senador disse que, apesar de ter acreditado na ação como último recurso para colocar um freio na criminalidade, os números da violência só aumentam. Para ele, a intervenção não existe na prática.
— Eu não sei onde estão as tropas, mas, nas ruas do Rio de Janeiro, elas não estão. O que ouvimos é que estão planejando, que o serviço de inteligência está trabalhando a pleno vapor, mas a população quer ação efetiva — afirmou.
Lopes também cobrou uma atuação mais forte do Senado no acompanhamento da intervenção. E disse que a comissão externa que acaba de ser instituída pela Casa com este objetivo precisa marcar uma agenda com todo o gabinete interventor para conhecer os planos, os números e as ações previstas para a segurança pública do Rio de Janeiro.
O senador disse que o governo federal parece ter pouco interesse no assunto, visto que até agora não foram liberados recursos para a intervenção, o que gerou, segundo ele, o cancelamento de 63 operações.
A medida provisória que abre crédito extraordinário de R$ 1,2 bilhão, no Orçamento da União, para a intervenção federal (MP 825/2018), ainda está na fase de recebimento de emendas na comissão mista encarregada de avaliá-la.
— A sensação que tenho, e que não é só minha, mas de toda a população do Rio de Janeiro, é de que fomos enganados — disse.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)