Volante avalia desempenho na temporada, diz entender “raiva” da torcida e critica quem pede a demissão do técnico.
Geralmente quem concede entrevista coletiva às sextas-feiras é o técnico Roger Machado, mas desta vez o Palmeiras quebrou a rotina e quem falou com a imprensa foi o volante Felipe Melo.
Dentre vários assuntos abordados, o camisa 30 analisou seu desempenho nos primeiros meses do ano, falou sobre a “ira” da torcida após a derrota para o ex-rival e criticou quem pede a demissão do técnico Roger Machado.
Confira abaixo as principais declarações do jogador.
Titularidade
“A oportunidade ela de certa forma tem dado seguimento por causa da regularidade dentro de campo. Ano passado comecei muito bem também, depois tive o problema que todo mundo sabe. Esse ano estou tendo sequência. Vim para cá para ajudar e ser ajudado, e estou feliz por estar atuando em alto nível, ajudando meus companheiros.”
Derrota no Isentão para o Sistema
“Muitos falam: Se o Felipe Melo estivesse dentro de campo teria dado voadora, mas se tivesse feito isso pegaria 7 jogos de suspensão. Foi um jogo que o Palmeiras poderia ter feito mais, mesmo assim estava jogando de igual pra igual fora de casa. Mas vou falar uma coisa: quando acontece sobretudo com o Palmeiras, existe replay, câmera em cima de câmera. Quando o Jailson pegou a bola, teve isso. Depois nesse mesmo jogo alguém pegou o Borja e não teve nada disso. Não faltou empenho, dedicação. Faltou a bola entrar. É sempre ruim perder um clássico pela repercussão, mas é na dor que a gente trabalha bastante para no futuro dar a volta por cima.”
Romero desrespeitou o Palmeiras?
“Ponto de vista. Eu sinceramente acho que ele não deveria ter feito. 1 a 0 o jogo. Poderia ter evitado, mas como tudo na vida gira… Não quero entender que ele fez isso pra provocar o Palmeiras, então poderia ter sido evitado. Futebol envolve emoção, isso gera ódio dos torcedores rivais. Imagina eu fazer isso e os corintianos, reagiriam como? Mas já passou. Que no futuro não haja uma reação brusca.”
Protesto após derrota para o ex-rival
“Se tratar um clássico como campeonato à parte e perde, é complicado. Quando estou em casa assistindo, corneto até mais que eles, prefiro assistir longe da minha família. Quando você joga em clube grande, não pode esperar outra coisa. Mas acho importante no jogo seguinte existir apoio ao time, principalmente se for em casa.”
Cobranças da torcida no último jogo
“Não estive no estádio, fiquei em casa. E fico muito nervoso assistindo jogo, mas escutei algumas vaias que nem vieram da torcida organizada, veio do pessoal normal. Volto a dizer: entendo a raiva quando perde o clássico, mas a partir do momento que você entra em campo, tem que apoiar. Isso é uma gasolina, é um combustível para o jogador dentro de campo. Uma vaia pra certos jogadores, vai prejudicar, para outros, serve como incentivo. Isso em todos clubes.”
Sobre quem pede a cabeça de Roger
“Acho que é político. Não tem lógica pedir a saída de um treinador que está fazendo um ótimo trabalho. Acabamos classificar na Libertadores como primeiro geral. Não creio que seja por causa do trabalho não, porque o trabalho está sendo muito bem feito. O Roger cobra muito, e cobra de todos da mesma fora. A gente vem melhorando a cada jogo. Faz parte o erro, ele vai errar, nós vamos errar… O importante é o bom trabalho que está sendo feito.”
Palmeiras tem como brigar pelos 3 títulos que restam no ano?
“Tem que ter. Senão a gente vai, com certeza, acontece o que aconteceu depois do jogo contra o Corinthians. A nossa ideia é vencer as três competições, sobretudo eu que ainda não venci nenhum título no Palmeiras. Estamos com muita gana para entrar na história do Palmeiras.”
O ambiente de 2018 é melhor que o de 2017?
“Se falar que tem diferença, em união, automaticamente estou crucificando o pessoal que estava aqui. Claro que com 1 ano a mais cria uma casca, isso ajuda. Essa experiência é muito melhor do que no ano passado. O ano vai passando e a gente vai criando amizade, respeito… Isso é importante e acho que tem mudado no Palmeiras.”
Palmeiras é pior mandante?
“Acho que quando os times vem aqui, vem mais ou menos como a Chapecoense. Se entrar uma bola no começo do jogo toma de 5, se não entrar, consegue empatar. Não é fácil jogar com um time bem armado, que vem jogar por uma bola. O torcedor fica impaciente, mas nós também. Não podemos deixar pontos, sobretudo em casa.”