Psicóloga e coach de mães explica como pais e escola devem agir para averiguar o bullying
Há quem diga que seja coisa da atualidade. Outros dizem que viveram na pele, porém, ainda não havia uma nomenclatura para definir a situação. E, assim, o bullying está presente na nossa sociedade.
Segundo Isabela Cotian, psicóloga e coach de mães, os motivos que podem levar uma criança a praticar esses atos.
“Desde problemas em casa, em alguma área específica da sua vida ou uma forma de defensiva por sofrer o bullying. Todas estas situações podem fazer com que as crianças se sintam bravos ou vulneráveis”, explica.
Ela esclarece que isso pode acontecer a partir dos 3 ou 4 anos de idade, além de quando o pequenininho ingressa na escola.
Isso tudo porque é o momento em que ela começa a se socializar, criando afinidades ou discriminações com os demais.
“Antes desta idade é comum que as crianças utilizem comportamentos agressivos por estarem em desenvolvimento e não dominarem outras formas de expressão”, realça.
O que o bullying pode acarretar na pessoa?
Isabela alerta que quando não tratado, o bullying deixa marcas por toda a vida, inclusive na fase adulta.
“A pessoa pode apresentar problemas de saúde, dificuldades sociais, consumo de substâncias, ansiedade, depressão, mau desempenho escolar e baixa estima”, conta.
De acordo com a psicóloga, essas agressões físicas e verbais podem deixar marcas por muito tempo na vida adulta, agravando problemas ligados à saúde, classe social e relacionamentos.
“E isso tanto nos que praticam o bullying como naqueles que sofreram isso”, complementa
Escola e pais: uma união necessária
A vida dentro de casa e no ambiente escolar são as bases para detectar e acabar com o bullying.
Isabela nomeia alguns fatores que possam ajudar aos pais a saberem se o seu filho está passando por essa situação, lembrando que isolados eles não caracterizam o ato em si:
- Isolamento;
- Machucados e arranhões sem explicações;
- Roupas e materiais estragados;
- Medo de ir à escola;
- Notas baixas;
- Mudança frequentemente no trajeto de ir para a escola;
- Falta de apetite ou apetite exagerado;
- Perda de objetos com frequência;
- Pouca convivência com os amigos da escola;
- Tristeza;
- Estresse e choro sem motivos aparentes;
- Mudança drástica de humor;
- Irritação;
- Dores de cabeça;
- Dores na barriga;
- Insônia;
- Pesadelo;
- Pensamentos suicidas.
“Primeiramente, os pais devem conversar e entender o que está acontecendo. E se existe uma relação próxima entre pais e filhos, facilita muito esse processo”, ressalta a coach de mães.
Ela salienta que trabalhar em parceria com a escola é fundamental para que ambos tenham diretrizes para acompanhar o autor e a vítima.
Estar aberto ao diálogo ou proporcionar dinâmicas que facilitem a abordagem do tema também são caminhos que dão certo.
“Utilizar meios como livros sobre o tema, abordando a história a abrindo para reflexões, dramatizar situações para analisar com quem a criança se identifica e proporcionar jogos cooperativos, para observar como o pequenino reage diante te tudo, são maneiras de averiguar o problema”, finaliza Isabela.
Serviço:
Isabela Cotian – www.isabelacotian.com