A governadora Suely Campos assinou nesta terça-feira, 3, o decreto que instituiu o Draco (Distrito de Repressão às Ações Criminosas Organizadas) no âmbito da PCRR (Polícia Civil de Roraima), uma espécie de delegacia especializada. O Draco vai reprimir de forma qualificada e significativa os crimes e delitos decorrentes de ações criminosas organizadas que fizeram aumentar os índices de criminalidade.
Segundo ela, a criação do Distrito, vai dar um suporte mais avançado para a Polícia Civil desarticular as facções criminosas que tentam se instalar no Estado. Principalmente no que tange o combate ao aumento da recente da criminalidade em decorrência da imigração venezuelana.
“Esta é uma resposta do nosso governo para o combate efetivo das organizações criminosas. Nossa população merece mais segurança e os policiais terão todo o apoio do governo para intensificar ainda mais as ações no intuito de desarticular essas organizações que estão utilizando da nossa fronteira e da vulnerabilidade dos imigrantes na tentativa de expandir suas ações. Isso nós não podemos admitir”, declarou Suely Campos.
Antes do Draco, o trabalho da PCRR para este tipo de crime, se dava por meio do Graco (Grupo de Repressão às Ações Criminosas Organizadas), porém como Distrito institucionalizado, a sua atribuição será maior e a estrutura de funcionamento ficará melhor direcionada.
Para a delegada Geral da Polícia Civil, Giuliana Castro, o Draco é uma ferramenta de suma importância dentro da organização da PCRR. “Em vários estados brasileiros, já existe o Draco. Instituir o Distrito aqui em Roraima era uma vontade que já tínhamos em mente, e agora, com o apoio e a sensibilidade da governadora Suely Campos, foi possível realizar”, afirmou.
O Distrito será subordinado ao Dopes (Departamento de Operações Especiais) e irá atuar em todo Estado como unidade administrativa desconcentrada para prestar apoio a Polinter (Delegacia de Polícia Interestadual). Apesar de não ter atendimento ao público, a Delegacia poderá receber denúncias anônimas contra o crime organizado por meio do 190.
O Draco tem por finalidade em melhorar os índices de resolução de crimes e delitos decorrentes de ações criminosas organizadas, nos delitos tipificados pela Lei 12.850/13, que define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal.
Essa lei define como organização criminosa a associação de 4 ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.
Diversos crimes podem ser praticados por organizações criminosas sendo que em Roraima tem se destacado o tráfico de drogas, tráfico de armas, lavagem de dinheiro. Esse é o principal alvo do Draco.
COMBATE À CRIMINALIDADE – Desde que iniciou os trabalhos na Delegacia Geral, Giuliana Castro priorizou o combate intensivo à criminalidade. Uma das frentes foi estruturar as equipes policiais para dar mais agilidade nos processos de investigação e prisão. Um exemplo disso foi o reforço nas equipes da DGH (Delegacia Geral de Homicídios) e da DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecente).
Várias quadrilhas foram presas e desarticuladas, tanto na Capital quanto no Interior. As operações continuam de maneira integrada com todas as Forças de Segurança e ainda conforme Giuliana Castro, a Polícia Civil trabalha de maneira articulada e com planejamento para que o combate ao crime organizado seja cada dia mais eficaz.