quarta-feira, 10 setembro, 2025
No Result
View All Result
Folha Nobre
  • Todas Notícias
  • Rondônia
  • PodCast
  • Expediente
Folha Nobre
No Result
View All Result
Folha Nobre
No Result
View All Result

Sequestradores de Vitória sabiam que era menina errada

18/07/2018
in Brasil

Os acusados de assassinar a garota Vitória Gabrielly Guimarães Vaz, de 12 anos, perceberam que haviam sequestrado a adolescente errada antes mesmo de decidir matá-la. É o que afirmam os promotores Ministério Público de São Paulo (MP-SP), em denúncia aceita pela Justiça, e obtida pelo ‘Estado’.

O pedreiro Julio César Lima Ergesse e o casal Bruno Maciel de Oliveira, o “Mancha”, de 33 anos, e Mayara Borges de Abrantes, de 24, foram denunciados pelos crimes de sequestro, homicídio qualificado e ocultação de cadáver. O MP-SP também solicitou a prisão preventiva dos acusados, o que foi aceito pela Justiça. A defesa do casal nega a participação no crime.

“Os averiguados se mostram incapazes de convívio em sociedade, denotando traços de personalidade animalescas ao arrebatarem adolescente de apenas 12 anos de idade, e frieza extrema ao resolverem sequestrá-la e matá-la mesmo sabendo que não possuía nenhum vínculo com situação que pretendiam ‘resolver'”, diz a acusação. A denúncia é assinada pelos promotores Suzana Peyrer Laino Ficker e Washington Luiz Rodrigues Alves.

De acordo com o MP-SP, Vitória Gabrielly foi sequestrada por volta das 14h10 do dia 8 de junho, enquanto andava de patins no Ginásio dos Campeões, na Rua Tocantins, em Araçariguama. Ela seria morta no mesmo dia, em “horário incerto”.

“Segundo o apurado, Bruno, Mayara e Julio possuíam desentendimentos anteriores com pessoas de quem buscavam se vingar, e que estavam relacionados com drogas. A fim de cobrar dívida anteriormente contraída, resolveram arrebatar pessoa da família do devedor”, afirma o MP-SP. “Para tanto, observaram-na durante certo tempo, até que Mayara deixou o carro e retornou com Vitória, segurando-a com força pelos braços e a colocando no veículo na parte traseira, juntamente com Julio.”

Para a acusação, o trio teria percebido que sequestraram a pessoa errada após escondê-la no carro. “Contudo, mesmo assim, deliberaram, conscientemente, e então mataram a vítima, a fim de não deixarem provas do arrebatamento anteriormente ocorrido.”

Laudos do Instituto de Criminalística apontaram que a jovem foi esganada e morreu por asfixia. Marcas nos braços e pernas também indicaria que ela tentou se defender do agressor e teria sido amarrado pelos braços e tornozelos.

Motivo torpe
Os promotores entenderam que o homicídio ocorreu por motivo torpe (para cobrar dívida de tráfico), meio cruel e para ocultar crime anterior. Entre as qualificadoras, também incluíram que os assassinatos usaram recurso que impossibilitou defesa da vítima.

Os acusados teriam tentado esconder o corpo de Vitória Gabrielly em uma via de terra cercada por vegetação, a Estrada Prefeito Domingos Marucci. O desaparecimento da menina comoveu a cidade de 17 mil habitantes, que se mobilizou para procurá-la. O cadáver da menina foi localizado oito dias depois, em estado avançado de putrefação.

Reconhecido por uma testemunha, Ergesse foi o primeiro a ser preso. Ele teria confessado parcialmente o crime e apontado Oliveira e Mayara como comparsas, diz o MP-SP. O casal foi preso no dia 29 de junho em Mairinque e nega participação.

Mayara, por exemplo, diz que estava em um salão de beleza na hora do crime. Para a acusação, os álibis apresentados por eles seriam “de total fragilidade”. “A prova pericial produzida sustenta a versão de Julio Cesar e fornece provas suficientes de autoria”, diz a denúncia.

O processo segue para a Vara Criminal de São Roque, que acatou nesta terça a denúncia. O juiz Flávio Roberto de Carvalho concordou com o pedido ministerial e converteu a prisão temporária dos acusados em prisão preventiva. Ainda em sua decisão, para preservar as provas produzidas na fase de inquérito policial e as testemunhas protegidas, o juiz determinou a manutenção do sigilo do processo. Após o recebimento da denúncia, os réus serão citados e deverão apresentar resposta à acusação.

O advogado do casal, Jairo Coneglian, afirma que pretende demonstrar a inocência do casal ainda na fase de instrução do processo. “As provas apresentadas são fracas”, afirmou. “O único elemento é o testemunho de uma pessoa que já mudou o depoimento duas ou três vezes.”

Fonte:Estadão

Compartilhe isso:

  • Clique para compartilhar no WhatsApp(abre em nova janela) WhatsApp
  • Clique para imprimir(abre em nova janela) Imprimir
  • Tweet
  • Clique para compartilhar no Telegram(abre em nova janela) Telegram
  • Clique para compartilhar no Threads(abre em nova janela) Threads

Podcast

Folha Nobre - Desde 2013 - ©

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In

Add New Playlist

No Result
View All Result
  • Todas Notícias
  • Rondônia
  • PodCast
  • Expediente

Folha Nobre - Desde 2013 - ©

Este site usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso de cookies. Visite a página Política de Privacidade.