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O Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do RN (Sinpol-RN) publicou em seu site um texdto recomendando que os agentes da Polícia Civil não aceitem atuar em condições análogas ao trabalho escravo.
Os agentes fazem menção, inclusive, ao período das eleições, que ocorrerá no próximo domingo, 7, em todo o Rio Grande do Norte, alertando, ainda, que em expedientes exaustivos, o agente policial estará propenso a cometer erros no exercício de sua profissão.
Confira a nota:
No status quo em que vivemos, onde o trabalhador cada vez mais vem sendo cerceado dos seus direitos, é difícil acreditar que uma instituição que diz prezar pela justiça e pela defesa dos direitos fundamentais recomende o exercício da função de uma categoria pautado em situação análoga à de trabalho escravo.
O policial que tenha trabalhado sua jornada de 40 horas semanais não pode ser submetido a um regime de 48 horas de trabalho em um sábado e domingo e não ser remunerado por tal atividade. Trabalhar apenas com a possibilidade de compensação, ou seja, sem remuneração, involuntariamente, é exploração.
O evento eleição já era previsto. Organizar escala sem previsibilidade e com todo efetivo da Polícia Civil, algo sui generis, e com policiais lotados em setores burocráticos, onde possui muitos policiais que são readaptados devido a deficiências e problemas psicológicos, poderia ser classificado como uma insanidade, antes não fosse devido a real falta de conhecimento das adversidades estruturais da PCRN.
O que queremos são direitos básicos do trabalhador, que são remuneração pelo trabalho que realizamos e jornada de trabalho condizente com a fisiologia humana. Por muitas vezes somos submetidos a decisões instantâneas que têm relação com a preservação de vidas, e decisões erradas geram conseqüências irreversíveis que deixam sequelas para toda vida. Policiais submetidos a sobrecarga de escalas estão mais propensos a cometer erros, que são julgados de forma inexorável pela justiça. Esperamos mais respeito e uma visão mais humana acerca dos profissionais policiais.