A Polícia Civil de Ariquemes (RO) divulgou nesta quarta-feira (31) que descobriu, através do exame de DNA, a paternidade do bebê da jovem Tainá Carina de Lima Mendonça, no Vale do Jamari.
Tainá estava grávida de oito meses e desapareceu no final de outubro de 2017, em Monte Negro (RO), cidade em que morava com a mãe. Após diversas um longo período de buscas na região, as ossadas dela e da criança foram encontradas em uma serra, a 14 quilômetros do município, em julho deste ano.
Para a Polícia Civil, a autoria do crime está amplamente relacionada a paternidade da criança, a qual nasceria no dia 14 de novembro de 2017. Após ser encontrado, a perícia coletou os materiais biológicos da ossada do bebê, para serem confrontados com os dos possíveis pais.
Mas devido à complexidade do caso, a Polícia ainda não pôde revelar a identidade do pai da criança para não atrapalhar no andamento do inquérito, que deve ser concluído em alguns dias, e assim, ser revelado o pai da criança e autor do crime.
De acordo com o delegado regional, Rodrigo Duarte, o inquérito sobre o caso é tratado como tal desde o início, em função do desaparecimento e das diversas hipóteses para as linhas de investigações.
“A demora na conclusão se justifica pelas provas técnicas e periciais produzidas. Esses exames periciais levam tempo até o resultado e ainda há todo o número de hipóteses, onde todas foram esgotadas, nós não podemos antecipar rigorosamente nada, então a cautela foi adotada desde o início do caso”, explicou Duarte.
Mesmo recebendo cobranças da família de Tainá para a conclusão do inquérito, o delegado ressaltou que em nenhum momento, as investigações foram paralisadas, e sim de que foi adotada toda cautela para chegar de fato até a pessoa que cometeu ou planejou o crime.
“É um crime bárbaro, era uma criança que era pra estar completando um ano de vida agora e ela nem chegou nem a nascer”, exclama o delegado.
Por se tratar de um crime que gerou grande repercussão, a Polícia Civil tem o objetivo de concluir o inquérito com segurança para apresentá-lo ao Ministério Público de Rondônia (MP-RO). Duarte diz que toda a investigação foi conduzida com muito cuidado e responsabilidade para indiciar a pessoa certa na única chance possível.
“A partir do momento que se faz o indiciamento do suspeito, o MP tem uma chance de comprovar se aquela pessoa é ou não culpada. Portanto, nós não podemos deixar nenhum tipo de brecha, para que lá na frente, não exista nenhum questionamento para colocar o MP em uma posição difícil perante a Justiça”, concluiu Rodrigo Duarte.
Conforme a Polícia Civil, diversas diligiências estão sendo e serão feitas entre esta semana e a próxima a respeito da paternidade do bebê e o caso deve ser concluído em breve.
Fonte:G1/RO