Membro da Comissão de Direito das Pessoas com Deficiência da ANADEP fala sobre a inclusão social e o trabalho da Defensoria Pública nesse contexto
O ano está começando, porém, a inclusão social é um assunto que precisa estar em pauta 24 horas por dia, sete dias por semana.
“Muitas pessoas ainda enxergam a inclusão social como uma ‘ideologia bacana’ defendida por grupos sociais mais vulneráveis aos preconceitos ou como um dever das autoridades públicas, que devem garantir os respeitos aos direitos de todos os cidadãos”, explica Flávia Albaine, Defensora Pública de RO.
Ela, que também é membro Comissão de Direito das Pessoas com Deficiência da ANADEP (Associação Nacional de Defensoras e Defensores Públicos), lembra que segundo os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) as pessoas com deficiência são mais de 20% da população e, em geral, estão em condições de instabilidade.
“E da mesma forma que o governo tem o dever de garantir o respeito aos direitos de todos os cidadãos, nós, quanto sociedade, também temos a obrigação de aprender a conviver dentro da diversidade e a respeitar as diferenças”, ressalta.
A Defensoria Pública como instrumento da inclusão social
Diferentemente do que muitas pessoas pensam, a Defensoria Pública não é apenas para quem possui baixa renda.
Assim, se torna uma ferramenta de auxílio para quem está em situação de risco, independentemente da condição financeira.
“Nesse sentido estão as mulheres vítimas de violência doméstica, pessoas com deficiência que necessitem de tratamento de saúde, crianças e adolescentes que estejam vivenciando alguma circunstância de vulnerabilidade, dentre outras hipóteses”, esclarece Flávia.
Por isso, ela lembra que a Defensoria Pública é a instituição de promoção dos direitos humanos e a expressão do regime democrático.
“O Defensor Público é um instrumento de inclusão social”, pontua.
Pensando em ir além e tendo vivenciado em sua família o dia a dia de uma pessoa com deficiência, no ano passado criou o projeto “Juntos pela Inclusão Social”.
Então, por meio de ações na comarca que representa, Colorado do Oeste, e outros eventos pelo Brasil, leva explicações sobre direitos e deveres de todos.
Quanto ao que possa ser esperado para o assunto em 2019, a Defensora salienta: “Inclusão social é, acima de tudo, o dom de realmente entender que cada ser humano é único, merecendo ser amado e respeitado pelo simples fato de ser um ser humano. E que isso ganhe mais forças sempre!”.