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Uma Polícia Federal mais científica e rápida – exatamente o oposto da realidade de hoje, que é cheia de burocracia. Pelo menos este é o desejo do presidente do Sindicato dos Agentes da Polícia Federal (Sinpef-RN), José Antônio Aquino, que quer a aprovação – no Congresso Nacional – do projeto de emenda constitucional 361/2013, parado na Câmara dos Deputados, que deixaria a PF semelhante ao FBI nos Estados Unidos, com equipamentos científicos, em vez de depender apenas de testemunhas e de inquéritos.
De acordo com Aquino, apenas 8% dos homicídios no Brasil são resolvidos e, nos casos de roubo e furto, este percentual cai para menos de um 1%. Ao esclarecer que a unificação dos Ministérios da Justiça e da Segurança ainda não trouxe – na prática – mudanças na rotina de trabalho, o sindicalista defende uma cooperação maior com as polícias civil e militar. Aquino acredita que esta medida será concretizada, embora tenha deixado claro que não dá para dizer quando será.
Durante entrevista no programa Manhã Agora, apresentado pelo jornalista Tiago Rebolo, na rádio Agora FM (97,9), José Antônio Aquino disse que o número de requisições para a obtenção da posse de arma de fogo aumentou após a edição de um decreto pelo presidente Jair Bolsonaro, mas, segundo o presidente do Sinpef, trata-se apenas de uma demanda represada. Ele lembrou o que muita gente está ignorando: “A arma não é uma defesa, e sim um ataque”. No entanto, o mais importante é definir como será o padrão de atuação das polícias de modo conjunto. “Esperamos que os governos não se percam nestas áreas”, disse Aquino.
Sobre outro assunto emblemático no momento – a reforma da previdência –, defendido por toda a classe de policiais federais, ele diz que a medida é necessária e precisa de esclarecimentos. Na avaliação de José Antônio Aquino, foi passada à população a informação da previdência deficitária é originária de desequilíbrio financeiro causado pelos servidores públicos. “Na verdade, esse déficit vem de sucessivas más gestões designadas por políticos. A reforma terá que levar em consideração o fato de expectativa de vida dos policiais ser menor”, informou Aquino.
Quanto ao trabalho social, o presidente do Sinpef-RN antecipou que este ano será dado continuidade a uma série de palestras nas escolas públicas sobre temas como, por exemplo, corrupção, tráfico de drogas, crimes cibernéticos e a importância da literatura. Mais de 4 mil estudantes já assistiram às palestras e os pedidos aumentam.