O narcotraficante mexicano Joaquín “El Chapo Guzmán” foi condenado nesta terça-feira (12) por um tribunal de Nova York, nos Estados Unidos.
O veredicto foi anunciado após seis dias de deliberações e um julgamento que durou três meses. El Chapo, 61, foi considerado culpado de 10 acusações de tráfico de drogas e de armas, associação ao crime organizado e lavagem de dinheiro, o que deve levá-lo a cumprir pena perpétua em uma prisão de segurança máxima nos Estados Unidos.
Ex-chefe do poderoso cartel de Sinaloa, o narcotraficante lucrou bilhões de dólares transportando toneladas de cocaína, heroína, metanfetamina e maconha para cidades americanas, usando túneis secretos e pacotes escondidos em caminhões-tanque, vagões de trem e até em carros de passeio.
O processo incluiu dezenas de testemunhas, como ex-aliados de El Chapo no cartel de Sinaloa, um especialista em criptografia e um fornecedor de cocaína colombiano. Uma delas contou como o narcotraficante puniu um homem que havia trabalhado para outro cartel, ao sequestrá-lo, espancá-lo e enterrá-lo vivo.
Além disso, outra testemunha afirmou que El Chapo pagara propina de US$ 100 milhões para o então presidente do México, Enrique Peña Nieto, que nega a acusação. O narcotraficante foi extraditado por seu país em janeiro de 2017, um ano depois de ter sido preso pelas autoridades mexicanas.
Seis meses antes, ele havia protagonizado uma fuga cinematográfica da penitenciária de Altiplano 1, na qual usou um túnel de 1,5 quilômetro para escapar. El Chapo chegou a ser considerado o segundo homem mais procurado do mundo, atrás apenas de Osama bin Laden.
Para extraditá-lo, o México recebeu garantias de que o narcotraficante não seria condenado à morte.
Fonte:Ansa
