Laerte Gomes disse na reunião que “atendendo ao clamor popular, pode repensar as licenças das atuais usinas de Jirau e Santo Antônio e os futuros projetos da usina de Tabajara em Machadinho do Oeste, além de apoiar o fechamento da BR-364 e manifestações diárias em Porto Velho e nos demais municípios”
Por enquanto, nada
Bancada federal, representantes do Ministério Público Federal e deputados estaduais estão há dois dias em reuniões com a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) pressionando por uma redução na conta de energia no Estado, que em função de um generoso reajuste concedido pela agência em dezembro, aumentou 27,5%, causando um tsunami na economia da população. Já existe um “compromisso” da diretoria em pautar uma revisão e talvez (talvez mesmo) aplicar alguma redução. Bom deixar claro que, caso ocorra, dificilmente será maior que o reajuste que foi dado.
Demitindo geral
O deputado federal Léo Moraes (Podemos) cobrou duramente a atuação da atual diretoria da Aneel em conceder o reajuste. Léo deve propor na Câmara dos Deputados, a exoneração de todos os diretores de agências que já ocuparam cargos de direção em concessionárias ou empresas, “tem diretor da Aneel que foi diretor da Eletrobrás em Rondônia. Tem gente que era diretor de companhia aérea e hoje ocupa cargo na Anac, por exemplo. Isso é claro conflito de interesse, isso precisa mudar logo”, disse à coluna.
Olha essa
Nos últimos dias estão circulando nos Whatsapps de Rondônia, um vídeo, fotos e um áudio de um sujeito que diz ter conhecido outro em um ônibus e que esse teria contado, “em segredo”, que a usina de JIrau é uma bomba relógio e que vai estourar e levar Santo Antônio e Porto Velho junto. Evidente que tal narrativa, apresentada logo a seguir do episódio de Brumadinho, causou preocupação.
Só “especialistas”
Léo Moraes encaminhou ofício ao consórcio que administra Jirau, para agendar uma visita para ver, se de fato, as coisas estão em ordem por lá. A empresa respondeu que o consórcio “registra o recebimento do ofício em referência e informa a V.Exa. não dispor de agenda para atender o pedido de visita às nossas instalações”.
CLIQUE AQUI PARA VER A RESPOSTA DA ESBR
Ouça um resumo de Léo Moraes sobre a situação em Brasília
Comissão da ALE na briga pela redução
O presidente da Assembleia Legislativa, Laerte Gomes (PSDB), levou um duro recado ao ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, exigindo o fim do reajuste abusivo das tarifas de energia em Rondônia, autorizado pela ANEEL, provocado pela distribuidora Energisa S/A. A audiência foi realizada na manhã desta quarta-feira, 20, em Brasília a convite da bancada federal. Veja um trecho da reunião.
Processo seletivo
A banca Rocha Filho, Nogueira e Vasconcelos Advogados abriu um processo seletivo para contratação de 10 advogados e 10 estagiários. As inscrições vão até o próximo dia 28 e a prova escrita será no dia 1 de março. Entrevistas e análises curriculares serão realizadas no dia 7 de março. Os currículos podem ser encaminhados pelo e-mail [email protected]. Os estagiários devem estar cursando a partir do 7º período do curso de Direito. A banca Rocha Filho, Nogueira e Vasconcelos Advogados é uma das maiores e mais importantes do Estado. Uma excelente oportunidade para quem está ingressando no mercado.
De acordo com Diego Vasconcelos
Sócio sênior do escritório, a proposta é buscar novos talentos e valorizar quem está iniciando na carreira.
“Barriga de aluguel”
Quem melhor definiu a questão da energia elétrica em Rondônia até agora foi o deputado estadual Jair Montes (PTC) que em discurso na manhã desta quarta-feira na Assembleia, afirmou que “Rondônia é uma barriga de aluguel para a geração de energia. Fizeram o filho aqui e deixaram só os problemas”. Ele lembrou ainda que os moradores dos residenciais populares, Cristal da Calama e Orgulho do Madeira, pagam entre R$ 70 a R$ 80 de prestação de suas casas, e contas de luz de mais de R$ 300. Realmente é o fim do mundo esse valor alucinado da energia no Estado.
E a reforma?
O governo entregou nesta quarta-feira ao Congresso a proposta de reforma da Previdência. O maior problema da previdência no Brasil é a turma do “direito adquirido”, aqueles que recebem gordos salários, conseguem incorporar um monte de penduricalhos e aposentam com proventos absurdamente altos, se comparados à população comum. E nem vamos falar dos militares, que ficaram para daqui a 30 dias, mas…
E a incoerência?
Sérgio Moro, aquele que já foi considerado um paladino da moralidade e da justiça no Brasil, virou a casaca. Vídeos que circulam em redes sociais, mostram o ex-juiz federal defendendo a criminalização do caixa 2, “é uma trapaça”, dizia, sobre essa prática. “Eu particularmente sou favorável a essa criminalização [de caixa dois]. Tenho uma posição muito clara: eu acho que o caixa dois muitas vezes é visto como um ilícito menor, mas é trapaça em uma eleição. E há uma carência da nossa legislação de tipificar esse tipo de atividade. E essa carência acaba gerando suas consequências no sentido de que se isso não é criminalizado, é tipo como permitido”. Isso ai foi dito em 2016, durante um debate que defendia as 10 medidas contra a corrupção.
Em 2017, em Harvard
“Tem que se falar a verdade, caixa dois nas eleições é trapaça, é crime contra a democracia. Alguns desses processos me causam espécie quando alguns sugerem fazer uma distinção entre corrupção para fins de enriquecimento ilícito, e a corrupção para fins de financiamento de campanha eleitoral. Para mim, a corrupção para financiamento de campanha eleitoral é pior que para o enriquecimento ilícito”. Já em 2019, como ministro, “Não, caixa dois não é corrupção. Existe o crime de corrupção e existe o crime de caixa dois. Os dois crimes são graves. Aí é uma questão técnica”. Minha avó dizia que o nome disso ai é “falta de vergonha na cara”.
Enquanto isso
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel realiza o sonho de criança e está fazendo treinamento no Bope. Mas, cariocas, não se preocupem, o Rio de Janeiro continua lindo…
Consumo de alimentos ultraprocessados vinculado a maior mortalidade
As pessoas que consomem grandes quantidades de alimentos ultraprocessados podem estar sob maior risco de morte, de acordo com um estudo publicado on-line em 11 de fevereiro no periódico JAMA Internal Medicine. “As conclusões deste grande estudo de coorte prospectivo francês sugerem pela primeira vez, ao nosso conhecimento, que o aumento da proporção de alimentos ultraprocessados na alimentação está associado a maior risco geral de morte”, escreveram a Dra. Laura Schnabel, médica de Sorbonne Paris Cité, em Bobigny, França, e colaboradores. Os alimentos ultraprocessados são os alimentos produzidos em massa, embalados e prontos para o consumo, como lanches, bebidas com açúcar, pães, doces, refeições prontas e carnes processadas. Estes alimentos geralmente contêm calorias “vazias” e têm alto teor calórico com baixo valor nutritivo. Têm poucas fibras e grande quantidade de carboidratos, gorduras saturadas e sal. Costumam conter aditivos alimentares e contaminantes, que podem ser prejudiciais à saúde, inclusive alguns podem ser cancerígenos, segundo os autores. Muitas vezes as pessoas escolhem os alimentos ultraprocessados por serem baratos, fáceis de preparar e por demorarem a estragar. Esses alimentos também são objeto de muita propaganda, e muitas vezes são postos em evidência nos supermercados. No entanto, tanta conveniência tem um preço. Cada vez mais evidências relacionam os alimentos ultraprocessados ao aumento do risco de doenças crônicas, como dislipidemia, obesidade, hipertensão arterial e câncer. Nunca tinha sido pesquisado antes se isso acarreta aumento do risco de morte. Portanto, os pesquisadores fizeram um estudo de coorte observacional prospectivo. O estudo analisou dados de 44.551 adultos com 45 anos de idade ou mais que participavam do NutriNet Santé, um estudo nutricional on-line de âmbito nacional iniciado em maio de 2009. Os pesquisadores fizeram o acompanhamento até 15 de dezembro de 2017. Dentre os participantes, 73,1% eram mulheres e a média de idade foi de 57 anos. Os pesquisadores coletaram informações sobre a ingestão de alimentos, usando uma série de três questionários com informações referentes a 24 h de acordo com a lembrança dos participantes, feitos pela internet e preenchidos a cada seis meses. Os questionários continham perguntas sobre os alimentos normalmente consumidos pelos participantes no café da manhã, no almoço e no jantar, bem como nos lanches. Além disso, os questionários também mostravam fotos validadas, de modo que os participantes podiam informar o tamanho da porção consumida. Os entrevistados informaram que, em média, 14,4% do peso total dos alimentos consumidos eram ultraprocessados. Em outras palavras, os alimentos ultraprocessados corresponderam a 29,1% da ingestão calórica diária total deles. Durante o período de sete anos do estudo, 602 participantes morreram (1,4% do grupo de estudo).