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O Hospital Regional do Seridó, em Caicó, recebeu pelo menos 14
foliões nos dias de carnaval com a mesma queixa: medo de contaminação por
agulhadas.
As vítimas foram submetidas à profilaxia pós-exposição, uma
medida de prevenção de urgência à exposição pelo HIV, hepatites virais e outras
infecções sexualmente transmissíveis.
Muitas delas, porém, ao saberem dos efeitos colaterais do tratamento, como enjôos, preferiam não se submeter.
Os organizadores das festas em Caicó, cuja prefeitura foi
proibida de gastar com a festividade este ano pelo Ministério Público, chegaram
a emitir um alerta, mas nenhuma vítima foi à delegacia local prestar queixa.
Segundo apurou o site G1, com base no depoimento da diretora-geral do Hospital Regional do Seridó, Maura Vanessa Sobreira, 20 pessoas dizendo terem sido furadas por agulhas passaram por lá. “Algumas, inclusive, afirmaram ter visto as seringas”, revelou.
Já o carnaval de Recife, conhecido por blocos gigantescos
como o Galo da Madrugada, que arrasta mais de 2 milhões de pessoas todos os
anos, também foram registrados ataques de agulhas contra foliões.
Nesta quarta-feira, 6, a Secretaria de Saúde de Pernambuco
divulgou boletim atualizando o número de vítimas deste carnaval para 25, das
quais 15 eram mulheres com idades entre 17 e 46 anos.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, além de passarem pela profilaxia pós-exposição, os pacientes receberam a orientação de retornar após 30 dias e, nesse meio tempo, procurar a polícia, uma vez que as ocorrências podem ser tipificadas como crime.
Segundo o Diário de Pernambuco, diante do ocorrido, pelo
menos uma turista ouvida pela reportagem decidiu não mais participar do
Carnaval do Recife. “Nós ficamos com medo e, por isso, decidimos ir para a
casa de parentes em Fortaleza. Infelizmente, depois do que aconteceu, eu não
tenho mais vontade de voltar”, afirmou